Começou na manhã desta quarta-feira (18), no Fórum Criminal de Londrina, o julgamento de Alan Borges. O açougueiro acusado de matar a ex-mulher Sandra Curti com 22 facadas em 2020, na zona leste de londrina, enfrenta o júri popular.
O julgamento acontece há pouco mais de um ano após o crime. O advogado da família, Mário Barbosa, espera que o réu seja condenado a mais de 30 anos. "Estamos esperando que ele receba mais de 30 anos de pena, por conta das qualificadoras e o modo como ele praticou esse homicídio bárbaro contra a sua ex-companheira”, contou.
A defesa tenta convencer o júri de que o acusado foi provocado pela vítima e que por isso estava sob fortes emoções. Segundo o advogado de defesa, Alexandre Aquino, a intenção é conseguir uma pena menor. “Conversas de WhatsApp entre a vítima e o acusado serão exibidos por meio de um vídeo no plenário, para que os jurados possam avaliar a conduta da vítima e a postura e conduta do acusado Alan”, disse.
Integrantes do Observatório de Feminicídio de Londrina também estiveram em frente ao fórum com cartazes em apoio à família de Sandra.
A previsão é de que o julgamento seja concluído até às 22h desta quarta-feira (18).
Mais sobre o caso
O açougueiro Alan Borges está preso desde seis de julho de 2020, dia em que deferiu 22 facadas contra a ex-companheira, a funcionária pública Sandra Curti, de 43 anos.
Sandra estava na casa onde morava, na zona leste de Londrina, com os dois filhos, quando Alan chegou. Ele teria aproveitado o momento em que uma equipe de telefonia estava fazendo uma manutenção no local com o portão aberto e entrou na residência.
Alan e Sandra estavam separados, mas o açougueiro não aceitava o fim do relacionamento. A vítima foi assassinada na frente dos filhos do casal, que tinham na época 9 e 12 anos. Sandra chegou a ser levada ao hospital em estado gravíssimo, mas não resistiu.