Saulo de Tarso Santos Júnior, que foi julgado e condenado a 32 anos de prisão pelos crimes de tentativa de feminicídio contra sua ex-esposa e tentativa de homicídio contra um outro homem, vai cumprir prisão domiciliar.
Segundo sua defesa, a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) não tem condições de abrigar Saulo, mesmo sendo réu confesso e condenado, já que ele teria ficado com sequelas, depois de ter sido baleado em uma troca de tiros com a Polícia Militar no dia do crime.
“Ele está com um projétil alojado no crânio e um projétil alojado no baço, diante da dificuldade dele de locomoção na Penitenciária Estadual de Londrina, aliado ao fato de que a PEL não possui nenhuma estrutura para abrigar um preso nessas condições, a defesa então interpôs um pedido para que ele pudesse cumprir a pena dele no regime de prisão domiciliar”, disse o advogado de defesa, Alexandre Aquino.
Em fevereiro de 2022, Saulo foi até a casa da ex-esposa, que chegava com o filho em um carrinho de bebê, ao lado do então namorado. Revoltado com a cena e transtornado, ele partiu para cima da mulher com chutes e socos.
Ainda não satisfeito, o acusado atirou contra ela e outras pessoas. Na sequência, ele foge com o filho. Ao retornar, ele troca tiros com a PM e acaba baleado. Agora, Saulo irá cumprir a pena com monitoramento eletrônico.
“Ele não pode sair pra nada, sem prévia comunicação ao juiz da Vara de Execuções Penais. Se a tornozeleira apitar, imediatamente o pedido vai ser revogado. Então, ele está ciente. Na verdade, essa prisão domiciliar é pra ele cumprir a pena de um jeito justo e não como um animal”, afirmou Aquino.