O advogado do servidor público da Secretaria Municipal da Fazenda, preso na noite de segunda-feira (29), alegou excesso por parte da Guarda Municipal durante a abordagem. A ação aconteceu em frente ao terminal central de Londrina quando uma equipe se deslocava pela avenida Leste-Oeste em direção à zona oeste para atender a uma situação no Centro de Convivência do Idoso.
“Meu cliente relata que estava na via, onde um dos agentes foi fazer uma manobra sem sinalizar e quase veio a colidir ao veículo dele. Ele chegou próximo à essa viatura e advertiu o agente. Foi isso o que aconteceu”, explicou o advogado Mauro Martins.
Ainda segundo a defesa, o cliente teria parado no semáforo e foi abordado pelos guardas. “Aí fecharam a frente, atrás, apontaram arma, começaram a gritar, falar para ele descer. Da forma como houve a fechada no trânsito, ele advertiu o guarda, que ocorreu esse fato. Acredito que o guarda tenha se sentido ofendido de alguma forma e fez essa abordagem com os outros guardas. A forma com que abordaram foi abusiva, com arma em punho. Aí ele se recusou a sair do veículo porque ele ficou com medo ali”, afirmou o advogado.
Já os guardas municipais registraram um boletim de ocorrência alegando que teriam ultrapassado o veículo do servidor, que a acompanhar a viatura realizando manobras suspeitas e furando o sinal vermelho.
Segundo o BO, ao chegarem na esquina da avenida Leste-Oeste com a rua Bahia, os guardas pararam e decidiram abordar o motorista. O homem teria se negado a descer e inclusive teria ameaçado jogar o carro em cima da equipe.
Nesse momento, um guarda teria efetuado um disparo para cima como sinal de advertência. O texto ainda afirma que o motorista ofendeu os guardas e disse que eles não poderiam agir daquela maneira porque não são policiais militares.
“Cheguei ao local e um senhor no veículo, parado em fila dupla, muito alterado, não queria obedecer à ordem dos agentes. A gente tentou conversar com ele, explicar a situação, pediu para ele se retirar do veículo, e ele negou a todo momento. Não queria acatar ordem. A gente pediu para ele desligar o veículo, ele também negou. Ele se identificou como funcionário da prefeitura, advogado, falou que pagava o nosso salário e que a gente era um bando de bosta. Posteriormente ele disse que ligaria para o Marcelo Belinatti”, disse um dos agentes.
Uma equipe de supervisão da GM foi chamada para acompanhar a ocorrência e o homem foi encaminhado à Delegacia, autuado por infração de trânsito.
Dentro do carro do servidor, os agentes teriam encontrado uma garrafa de whisky e disseram que o homem estava com sinais de embriaguez. Ele se negou a fazer o teste do bafômetro.
“Em relação à recusa foi diante da forma violenta que abordaram ele. Por isso ele se recusou a fazer qualquer coisa. Na delegacia ele prestaria depoimento perante autoridade policial”, afirmou o advogado.