Policial

Envolvidos em esquartejamentos são julgados em Apucarana

10 mar 2022 às 10:55

Na manhã desta quinta-feira (10), dois homens envolvidos em dois esquartejamentos ocorridos em 2017, em Apucarana, são ouvidos e julgados no Tribunal do Júri da Comarca. A sessão começou por volta das 9 horas. César Henrique dos Santos Ferrari e Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos, são os réus em julgamento no júri presidido pela juíza Carolline de Castro Carrijo, com o promotor Eduardo Cabrini, pelo Ministério Público. 

Nesta manhã, policiais e testemunhas serão ouvidas. O investigador Roberto Francisco, chefe do setor de homicídios, que apurou o caso, participou do julgamento e repassou detalhes do crime e como os corpos foram encontrados. 

O crime ocorreu em 2017. Um homem e um uma mulher foram mortos, os corpos foram esquartejados e os restos jogados num poço abandonado, no Parque Bela Vista, em Apucarana.

Em 3 de agosto de 2017, denúncias anônimas levaram a Polícia a encontrar dois corpos, esquartejados e decapitados, dentro de um poço. As investigações iniciais permitiram a identificação dos corpos como sendo de Arislian Glenda Lemos, 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos, que seriam usuários de droga.

O delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) à época, José Aparecido Jacovós, contou na ocasião que as denúncias anônimas davam conta de que pessoas iriam desenterrar corpos em um cafezal, nos fundos de uma chácara no Parque Bela Vista. E os restos seriam queimados em meio a pneus. Os corpos encontrados estavam em adiantado estado de decomposição, uma vez que os crimes foram cometidos em maio.

A polícia conseguiu identificar rapaz, que seria traficante na região Norte da cidade, como sendo responsável pelos crimes. César Henrique foi preso no dia 31 de agosto de 2017, em Sarandi.

Durante as investigações, a Polícia Civil identificou outro acusado de envolvimento no caso, Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos, que teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Mandaguari, onde estava escondido na casa da irmã.

Na época, Rogério chegou a confessar que era usuário de drogas e que comprava entorpecentes na chácara onde os corpos foram encontrados. Conforme depoimento na época, por causa de uma dívida de R$ 80, teria sido obrigado a cavar uma cova entre os pés de café na chácara, como forma de quitar a pendência com o traficante.