Policial

Ex-jogador é condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato de dirigente esportivo

22 set 2022 às 19:46

O ex-jogador de futebol, Vinicius Corsini, acusado de matar o dirigente esportivo do Nacional de Rolândia, José Danilson Alves, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado em um júri popular desta quinta-feira (22) no Fórum Criminal de Rolândia. Ele foi sentenciado por duplo homicídio e seguirá cumprindo a pena, já que está preso desde a data do crime, em setembro de 2020.


Segundo o advogado da família da vítima, Pedro Faraco, que atuou como assistente de acusação, os jurados acataram todos os pedidos feitos pela promotoria, de homicídio cometido por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Ainda de acordo com ele, Vinicius deve cumprir pelo menos mais cinco anos em regime fechado até ter direito à progressão.


“De todas as teses plausíveis para a acusação, todas foram reconhecidas, então o limite máximo de pena para o Vinicius foi aplicado. Em um júri ninguém sai satisfeito. A família do Danilson perdeu ele por toda a vida, então essa pena não vai refrescar a dor deles. Por outro lado, a família do Vinicius também não sai satisfeita, ele vai ficar mais alguns anos em regime fechado, vai ter dificuldade para arrumar emprego, para ressocializar, então o Tribunal do Júri é uma instituição em que a tragédia predomina. É falsa qualquer percepção de satisfação, esse aqui é um palco que não tem vencedor”, afirmou o advogado.


José Danilson Alves tinha 58 anos e morreu no dia 16 de setembro de 2020 ao ser esfaqueado. De acordo com as investigações, a vítima foi abordada por Corsini, os dois discutiram e logo depois foram desferidas as facadas. 


Corsini tentou fugir de bicicleta após o crime, mas foi preso pela Polícia Militar. Ele alegou que cometeu o crime por vingança, estava revoltado porque teria flagrado um suposto assédio cometido pela vítima à mãe dele. 


As investigações apontaram que o ex-jogador do Nacional de Rolândia comprou a faca utilizada para cometer o crime 30 minutos antes de esfaquear o dirigente em um mercado.


Segundo o irmão de Danilson, Sebastião Alves, o crime foi a causa da morte da mãe de Alves que ocorreu seis meses depois do assassinato e que estão mais aliviados com a sentença. “Foram dois anos de espera por esse dia, para que fosse feita a justiça. A gente sai mais aliviado um pouco porque ele foi condenado. A gente queria até mais, mas temos que conformar e concordar. Para a família, a gente relembrou tudo e foi muito difícil. Agora é seguir em frente”, disse.