Policial

"Pensei que ele fosse atirar em mim", disse frentista agredido durante assalto

08 nov 2021 às 18:46

Após assalto ao posto de combustível em que um dos criminosos é assassinado pelo comparsa na última quinta-feira (4), o frentista relata ainda estar assustado. Para Itamar da Silva, que trabalha há 14 anos exercendo essa função, é uma nova data de nascimento.

Ele trabalha há dois atendendo durante a madrugada no posto alvo dos criminosos, localizado na avenida Saul Elkind. O assalto foi registrado por uma câmera de segurança que mostra o momento em que um dos suspeitos saca a arma e efetua um disparo. A bala acertou o comparsa - um adolescente de 17 anos. Ele correu, caiu no pátio do posto e morreu no hospital.

O frentista conta que ficou com medo de morrer quando ouviu o tiro. “Ele só falou ‘dá o dinheiro, vagabundo’. O menor chegou me dando murro, aí caiu a ficha, porque eu vi sangue e percebi que machucou meu olho. Quando ouvi o tiro e voltou para mim o revolver, pensei que ele ia atirar em mim”, disse.

Itamar é casado, tem duas filhas e dois netos. Além do trauma para toda a família, ficaram sequelas das agressões. Os exames mostram que ele sofreu uma hemorragia no olho e vai precisar de procedimentos médicos.

O criminoso que atirou ainda está foragido. No dia do crime a Polícia Militar realizou buscas no residencial Vista Bela, na casa de um suspeito. Ele tem 21 anos e uma ficha extensa com passagens pela polícia. Entre os criminosos da zona norte de Londrina, uma quadrilha já decidiu pela morte dele.

Uma operação foi realizada na região, mas até agora o atirador ainda não foi encontrado. Além dos procedimentos médicos, Itamar terá que passar por exames de corpo de delito no IML.