Para a Polícia Civil (PC), o assalto registrado no Aeroporto 14 Bis, na última quarta-feira (30), na Warta, na zona norte de Londrina, ainda é um quebra-cabeças com peças importantes faltando.
O dono de uma empresa de software de São Paulo, de passagem por Londrina e a caminho de Foz do Iguaçu, teria marcado um encontro com um cliente, que teria passado a localização pelo celular.
No entanto, o empresário e o funcionário dele teriam sido vítimas de roubo.
De acordo com Matheus Prado, delegado de Furtos e Roubos, “segundo a vítima, logo na chegada ao Aeroporto, ela percebeu dois veículos atrás de seu carro. Dois indivíduos desceram, com trajes de polícia, coletes balísticos e insígnias da Polícia, armas em punho, e solicitaram o dinheiro; afirmaram, inclusive, que sabiam que eles estariam com o dinheiro, porque – nas palavras deles – o crime era letra dada”.
Inicialmente, o empresário disse que foram levados U$ 8 mil, R$ 10 mil, um notebook, um pen drive e 2 celulares.
Depois, a quantidade de dólares foi atualizada para U$ 210 mil, o que dá mais de R$ 1 milhão.
A Delegacia de Furtos e Roubos tenta, agora, descobrir o que realmente aconteceu. Para isso, busca a localização do suposto cliente do empresário, que é de Mato Grosso (MT) e estaria em Maringá, e que deveria se encontrar com ele em Londrina.
Não há câmeras de monitoramento no aeroporto ou na vizinhança.
Contradições nos depoimentos chamaram a atenção, além da quantidade de dinheiro que estava no carro do funcionário.
O delegado aguarda, ainda, os comprovantes de origem.
O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado.
A PC espera a autorização da justiça para perícia no celular de um dos envolvidos. Ele seria o motorista de um dos carros usados durante o roubo. Localizado pela Polícia Militar (PM) logo após o crime, ele foi morto durante confronto.