A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (28) que já tem provas importantes para encontrar o assassino de Oscarlino Bento de Souza, que tinha 80 anos e foi encontrado sem vida na noite da última terça-feira (26) na casa onde morava. Foram ouvidas diversas testemunhas como familiares, amigos e vizinhos. Um estudo minucioso foi realizado para saber se a vítima tinha alguma desavença, mas nada de irregular foi encontrado.
No exame realizado no Instituto Médico Legal (IML) foi constatado que a morte ocorreu aproximadamente 48 horas antes do filho e a nora encontrar o cadáver, ou seja, entre a noite de domingo (24) e a madrugada de segunda-feira (25). O laudo também apontou que foram sete facadas.
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Segundo o delegado Amarantino Ribeiro, chefe da 10ª Subdivisão Policial, a principal hipótese para a morte do radialista continua sendo latrocínio, que é o roubo seguido de morte, mas outras linhas de investigação não estão descartadas. Na residência não foram encontrados o celular e a carteira da vítima. Diversos cômodos estavam bagunçados e a porta da sala arrombada.
“Chamou atenção o número de facadas, objetos que foram subtraídos, a princípio instauramos inquérito para apurar latrocínio. Mas nada impede, com as linhas investigativas que nós temos, podemos chegar em um resultado diferente disso. Os detalhes estão sendo apurados”, afirmou.
O crime
O corpo estava na cozinha da casa onde morava na rua José Stela, no conjunto Maria Cecília, na zona norte de Londrina. O último contato com a família foi no domingo e depois Oscarlino não atendeu mais as ligações.
O filho e a nora decidiram abrir os cadeados na terça e se depararam com a porta da sala arrombada. Os vizinhos ressaltaram que o senhor Oscar, como era carinhosamente chamado na vizinhança, era uma pessoa tranquila e por conta da pandemia de coronavírus estava saindo pouco de casa.
Trovão do rádio
Diversos comunicadores lamentaram a morte de Oscarlino nas redes sociais. Ele trabalhou por muito tempo em emissoras de rádio londrinenses e ficou conhecido como Trovão, pela voz forte e grave que marcou uma geração.
Participou de diversas radionovelas, que na época, eram transmitidas em emissoras de diversos estados brasileiros. Considerado um ícone, trabalhou na Atalaia, Tabajara e Brasil Sul. Por muitos anos foi a voz oficial da Atalaia durante toda a programação.