Policial

Polícia Rodoviária realiza grande apreensão de cigarros e drogas na PR-323

21 nov 2023 às 12:25

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) apreendeu grande quantidade de cigarros contrabandeados e maconha, no posto policial da PR-323, entre Londrina e Sertanópolis, no final da manhã desta terça-feira (21).


A carga foi localizada, bem embalada, em uma van.


"Em todo meu tempo de Polícia, essa é a primeira vez que encontro uma embalagem tão difícil de se acessar" contou o Sargento Edson, da PRE, à nossa equipe de reportagens.


Segundo o sargento, o motorista da van pegou os cigarros em Umuarama e a maconha em Cascavel e estaria levando para Avaré, como frete, de acordo com as alegações do condutor.


"O mesmo alega que desconhecia totalmente a origem da carga" relata o Sargento Edson.


O motorista será ouvido pela autoridade competende que determinará a sentença.


Ao todo, foram apreendidos 226 kg de maconha e, aproximadamente, 30 caixas de cigarros.


Motorista pego com as drogas se manifesta

O motorista pego transportando os cigarros e as drogas, contou à nossa equipe de reportagens que desconhecia o real conteúdo dos pacotes que carregava, por conta do sistema de trabalho: havendo a proposta de frete, em um aplicativo específico, a empresa publica valores, destino, carrega e parte para a entrega.


"Eu tenho uma empresa de frete e transportes. A gente transporta para todo o Brasil e muitos dos fretes saem por um aplicativo. Qualquer um que puxar, hoje, na internet, vai ver que tem um aplicativo de transporte que você posta o seu frete e alguém vem e coleta para você. Tanto que a nossa empresa tem todos os cadastros, todos os dados, todas as negativas para poder carregar. Aconteceu essa tragédia para nós."


Por alegar não saber, previamente, sobre o real teor das mercadorias transportadas, o motorista disse, inclusive, que usará a entrevista como meio de defesa: 


"Eu simplesmente, ontem, carreguei. A pessoa contratou, disponibilizou esse frete, o valor - a gente vai lá e carrega. Hoje aconteceu isso aí... Eu vou usar essa matéria como defesa, porque nós não temos nada a ver com o transporte, tanto que o Policial viu que nós atendemos prontamente ao que ele pediu, ali. É isso: vamos ter que nos defender e deixar um alerta para todo mundo que transporta mercadorias para cuidar com os aplicativos".


O motorista conta ainda que, nas notas fiscais, a carga constava como "ombrelones" (guarda-sóis para piscinas) e "fibra ótica".


"Quando a gente chega na empresa, a nota está pronta e consta, ali, na nota, como nós entregamos para a Polícia, que uma das mercadorias que eu carreguei eram ombrelones e a outra, fibra ótica. 'Tá' tudo embalado, tudo lacrado, nós não temos autoridade para abrir. Tanto que, quando eu parei no posto da polícia, o policial pediu para abrir e eu falei: '- o senhor é uma autoridade, o senhor pode fazer o que você quiser com a mercadoria'. Então ele abriu e constatou isso aí".