A primeira audiência do caso do Policial Militar (PM), acusado de estuprar uma mulher em um mocó, na área central de Londrina, foi marcada para 16 de agosto.
O laudo da Polícia Científica (PCP/PR), de acordo com os resultados dos exames, que saíram após quase 6 meses, aponta compatibilidade entre o material colhido em uma das supostas vítimas de estupro e amostras recolhidas em uma escova de dentes apreendida na casa do PM.
Segundo Mauro Martins, advogado assistente de acusação, “o resultado voltou com um índice grande de verossimilhança”.
A denúncia foi feita no início do ano. Entre dezembro e janeiro, três mulheres relataram importunação sexual e estupro contra o mesmo PM.
Câmeras de segurança registraram a chegada e a saída dele, de um mocó na rua Belém, onde os crimes teriam acontecido.
Ele está preso desde 18 de janeiro.
Como se negou a fornecer material genético, a pedido do assistente de acusação, uma busca e apreensão foi realizada na residência do policial, em fevereiro. Foram apreendidos uma lâmina de barbeador, 1 barbeador elétrico, 2 lâminas de barbear e 1 escova de dentes para fazer o confronto com materiais de swab vaginal, um lençol e a roupa usada por uma das supostas vítimas de estupro, uma mulher de 50 anos.
“Uma das vítimas relata que para conseguir essa conjunção carnal, além de fazer o uso da arma, da Corporação, estando fardado, mesmo não estando em serviço, ele proferia ameaças às testemunhas que estavam no local. Com a arma ele desferia coronhadas, na vítima, para que a mesma abrisse as pernas para cometer o ato” relata Mauro Martins.
A primeira audiência está marcada para o próximo dia 16/08, na Vara Militar de Curitiba, sobre o caso de importunação sexual. Depois, no dia 22 de agosto, há a audiência na 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina sobre a ação de indenização contra o Estado e, então, no dia 21/09, a audiência de instrução e julgamento sobre os 2 estupros.
Para o advogado, que atua como assistente de acusação, o resultado do teste genético é mais uma prova incontestável dos estupros.
A defesa do policial não atendeu as ligações da nossa equipe de reportagens.