Duas vítimas de supostos estupros denunciados em janeiro reconheceram o policial militar acusado como o autor do crime. O advogado de defesa das mulheres, Mauro Martins, disse que elas identificaram o agressor por meio de chamada de vídeo.
As mulheres teriam sido atacadas em um mocó na Rua Belém, no centro de Londrina. O policial segue preso desde a denúncia da segunda vítima na prisão do 29º Batalhão, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
Na chamada de vídeo, as duas mulheres deram características físicas que coincidem com as do PM. "Apesar da defesa discordar da forma como foi feito, elas fizeram o reconhecimento e passaram a descrição compatível”, contou o advogado.
No dia 10 de fevereiro, a justiça atendeu ao pedido da defesa e cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do policial. Lá, foram apreendidos objetos para a coleta de material genético, que será confrontado com o DNA de um lençol que continha sêmen, deixado no imóvel abandonado onde os possíveis abusos teriam sido registrados.
Ainda segundo a defesa, a elaboração de uma ação cível que tem como objetivo fazer com que o estado indenize as vítimas em forma de suporte psicológico e psiquiátrico foi finalizada. “Enquanto defesa, finalizamos a petição solicitando isso ao judiciário e iremos protocolar hoje esse pedido”, informou Martins.
O caso
Os supostos estupros teriam ocorrido nos dias 31 de dezembro de 2022 e 15 de janeiro deste ano. Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pela segunda vítima, o policial entrou na residência abandonada, conhecida como Mansão dos Nóia, e a forçou a praticar ato sexual com ele. Câmeras de segurança flagraram o policial chegando até o imóvel.
O acusado possui 10 anos de corporação e, recentemente, havia sido transferido do 30º para o 5º Batalhão da PM de Londrina. Quando as investigações começaram, ele teria pedido afastamento por problemas psiquiátricos. O Ministério Público o indiciou pelos crimes de estupro e importunação sexual.