Policial

Vítimas relatam momentos de tensão em assalto à loja em Cambé

02 mai 2022 às 18:34

As vítimas do assalto a loja de Cambé na última sexta-feira, contaram em depoimento à Polícia Civil todos os detalhes da ação dos bandidos e os momentos de aflição que viveram, até que os marginais foram presos.

A negociação para que os bandidos se entregassem, durou cerca de uma hora, mas para quem estava sob a mira de dois revólveres e uma submetralhadora, a noção foi de que o tempo era muito maior. As vítimas viveram momentos de tensão com medo de que muitos pudesse morrer em meio a um tiroteio.

No depoimento à Polícia, as vítimas contaram que os três bandidos chegaram de óculos escuros e máscaras de proteção, para não serem reconhecidos. Eles deram voz de assalto e queriam os celulares que estavam no estoque.

“Eles entraram com máscara, óculos e luvas e já  percebi, então  joguei meu celular no lixo e eles anunciaram o assalto e nos colocaram atrás do balcão. Falaram que não queriam machucar ninguém e que só queriam os produtos da loja e perguntavam onde estavam”, diz um dos funcionários.

“Depois que todo mundo ficou lá dentro, ai começaram a negociar com policiais e disseram que reportagem e queriam falar com familiares e não que se não estivessem lá, não iriam se entregar e nos liberar. Um deles colocou a arma na minha cabeça”, lembra outra funcionária.

A primeira equipe da Polícia Militar a chegar, recebeu a informação pelo rádio e conseguiu cercar os marginais dentro da loja, até a chegada do reforço. Eles também conseguiram libertar um casal de idosos, que havia entrado para fazer compras e seriam mais dois reféns nas mãos dos bandidos.

“Quando nos aproximamos da loja, percebemos que havia um casal de idosos fazendo pergunta sobre os eletrodomésticos e uma funcionária estava junto com um cidadão que ao me ver, levantou atrás das costas da funcionária a arma e puxou ela para trás”, afirma o policial militar.

Acuados, os bandidos colocaram as arma contra a cabeça dos reféns e ameaçaram matá-los, se a equipe policial entrasse.

“Falei para que colocassem a mão na cabeça, mas foram aos fundos da loja e diziam que se alguém entrasse, iam matar todo mundo”, acrescenta o policial. 

Por pouco, um dos marginais não provocou um incêndio. Segundo as vítimas, enquanto estavam no estoque nos fundos da loja, ele tirou e queimou a camisa que estava usando para não ser reconhecido por outro roubo, em que estava com a mesma roupa. O criminoso também pegou a camisa de um dos funcionários, para tentar despistar a polícia.

Os bandidos presos vão responder por roubo agravado com reféns, além de também serem acusados de outros crimes, como de provocar incêndio à loja colocando em risco a vida de pessoas. Eles também estão sendo reconhecidos em outros roubos e não devem sair da cadeia tão cedo.