O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso pela Polícia Federal por volta das 4h desta sexta-feira (25), no Aeroporto de Maceió. Na audiência de custódia realizada na manhã desta sexta, Collor pediu para ser mantido preso em Maceió e em seguida foi transferido da superintendência da PF para uma cela individual no presídio Baldomero Cavalcanti e Oliveira.
A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
A ação, que teve origem na lava jato, foi julgada pelo STF porque Collor era senador à época e tinha direito a foro especial. Os ministros do Supremo concordaram com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, de que o ex-presidente exerceu influência sobre a BR Distribuidora para intermediar contratos em benefício de empresas, que pagariam propina em troca.
Entenda a sentença:
Ao todo, segundo a sentença, Collor recebeu R$ 20 milhões. O Supremo ainda analisa um pedido dos advogados para que o ex-presidente tenha direito a regime domiciliar em razão de problemas de saúde, Parkinson, apneia e transtorno afetivo bipolar.
Em sessão no plenário virtual, os ministros analisam se mantém a decisão do relator pela prisão. Até o momento, há quatro votos favoráveis à manutenção, mas a pedido do ministro Gilmar Mendes, o caso será transferido para o plenário físico. Ainda não há data prevista.