Política

Em abril, 14 creches foram arrombadas; vereadores cobram Prefeitura

08 mai 2020 às 07:47

Apenas em abril, a secretaria municipal de Educação registrou 14 arrombamentos, 

invasões e furtos em 

escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Londrina. O número é quase três vezes maior que o registrado em meses sem pandemia. 

As aulas estão suspensas desde 23 de março, por conta do risco de contágio pelo novo coronavírus. Uma reunião pública virtual entre vereadores, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Defesa Social foi realizada na tarde desta quarta-feira (6). De acordo com a Educação, a média mensal era de cinco ocorrências por mês, porém, só em abril foram 14 arrombamentos, incluindo furtos de equipamentos eletrônicos. A maioria dos casos ocorreu na região norte da cidade. 

Apenas esse ano, a Guarda Municipal registrou, 32 invasões a 20 escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Londrina.

A assessora administrativa da Secretaria Municipal de Educação, Rosana Marchese, afirmou que, em abril, os casos de invasão geraram prejuízos maiores ao Poder Público, pois houve furtos de equipamentos eletrônicos. "Houve arrombamento que só foi vandalismo: quebraram portas e entraram, mas houve furtos de ar-condicionado, aparelhos de televisão e computadores, o que geralmente não acontece. O mês de abril foi muito atípico. Por conta da pandemia, as escolas estão mais tempo fechadas e a população está mais vulnerável, até por conta da crise", relatou.

O vereador Amauri Cardoso, cobrou que a Prefeitura de Londrina coloque em prática as ideias que são debatidas, como o projeto de instalação de alarmes monitorados nas escolas. "O Legislativo está fazendo a sua parte: chama para a discussão, mas a prefeitura até agora não implementou nenhuma política, o que eu acho lamentável", afirmou.

O secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, informou que a Guarda Municipal reforçou o patrulhamento nas áreas próximas às escolas mais visadas pelos bandidos e defendeu a instalação de alarmes monitorados nestes locais. Ramos informou que aguarda orçamentos de empresas especializadas para finalizar o Termo de Referência e enviar para a Secretaria de Gestão Pública o pedido de abertura de licitação para compra de uma central de monitoramento remoto.

Conforme o secretário, o ideal seria instalar alarme monitorado em 287 prédios públicos, ao custo inicial de R$ 1,4 milhão. Contudo, Pedro Ramos admitiu que o processo avança lentamente.

Outra opção seria a compra e instalação dos alarmes diretamente pelas escolas, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do governo federal. O secretário de Defesa se dispôs a repassar para as instituições os projetos de instalação dos alarmes e dos sensores que já foram elaborados.

(com CML)