Política

MP Eleitoral e PF cumprem mandados de busca e apreensão contra suposta compra de votos

11 nov 2020 às 11:55

Em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do estado, o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal cumpriram na manhã desta quarta-feira, 11 de novembro, dois mandados de busca e apreensão, na residência de um candidato a vereador e no comitê de campanha de um partido político. O objetivo é apurar possível “compra de votos” realizada pelo candidato e seu grupo político.

As ordens de busca e apreensão, cumpridas com o apoio da Polícia Federal, foram expedidas pela Justiça Eleitoral em São Miguel do Iguaçu, a pedido do Ministério Público Eleitoral da comarca, a partir de informações de que o candidato e outras pessoas de seu grupo político vinham promovendo compra de votos.

A Promotoria de Justiça da comarca teve acesso a um áudio em que o investigado se dirige a um eleitor oferecendo-se, em troca do voto, para pagar uma conta de luz e entregar-lhe uma cesta básica, além de outras vantagens indevidas. A oferta é feita também para outras pessoas conhecidas do interlocutor.

A chamada compra de votos caracteriza crime de corrupção eleitoral, punido com até quatro anos de prisão e multa.

As informações são do MP-PR

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Um dos endereços que foi alvo da operação é o comitê de campanha do partido do suspeito. O comitê foi instalado na casa da candidata a prefeita pelo mesmo partido, o que gerou muita repercussão quanto à possibilidade de a candidata também ter sido alvo, o que não aconteceu, sendo alvo apenas o imóvel.

A assessoria do partido enviou uma nota de esclarecimento para nossa equipe de reportagem:

“NOTA À IMPRENSA

Rejane Christ, candidata a prefeita de São Miguel do Iguaçu, vem a público esclarecer que não é investigada por qualquer fato ou por qualquer órgão policial.

Hoje pela manhã (11.11.2020) a justiça eleitoral esteve no COMITÊ DA CAMPANHA do partido republicanos, que é coincidentemente o endereço de minha residência, quando na realidade, a busca era no COMITÊ.

O alvo da justiça eleitoral era O COMITÊ É O CANDIDATO GILMAR MARQUES, em virtude do áudio que circulou nas redes sociais em que menciona algo sobre contas de luz e cestas básicas.

Nada de irregular foi encontrado em minha residência, e nada foi levado pela polícia, o que demonstra que minha campanha é limpa

Conforme cópia do mandado em anexo, e nenhuma investigação contra minha pessoal.

Seguimos com uma campanha limpa e honesta desde o início e assim será até nossa vitória.”