O Facebook anunciou que vai pedir para uma parte de seus 2 bilhões de usuários, do mundo todo, votarem nos veículos de comunicação nos quais eles confiam. Os dados vão formar uma espécie de “ranking de confiança”, que será usado pelo algoritmo para escolher quais notícias exibir na linha do tempo dos usuários. Trata-se da mais nova tentativa da empresa liderada por Mark Zuckerberg para combater a “onda” de fake news, ou, notícias falsas, distribuídas no site.
A rede social divulgou que vai direcionar as perguntas para um grupo “diverso e representativo” de seus usuários. Contudo, os critérios para a escolha da amostra ou seu tamanho não foram divulgados.
Em uma postagem em seu perfil na rede social, Zuckerberg admitiu pela primeira vez a influência do Facebook e de serviços similares na amplificação de notícias falsas. “As redes sociais permitem que as pessoas compartilhem informações mais rápido do que nunca e, se não resolvermos esses problemas (notícias falsas), vamos terminar por amplificá-los.”
Planos
Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, o executivo declarou que essa nova atualização não vai mudar a quantidade de notícias que os usuários veem no Facebook – embora o número de publicações de páginas de veículos da imprensa já esteja diminuindo em função da mudança no algoritmo anunciada na semana passada, que passou a priorizar postagens de amigos e familiares. As enquetes com usuários serão aplicadas nos Estados Unidos a partir da próxima semana e a empresa pretende liberar o recurso globalmente em breve.
Além do ranking, o Facebook diz que vai continuar a intensificar seus esforços para identificar se uma notícia é informativa ou não. Para isso, a rede social vai perguntar aos usuários o quão informativo é um conteúdo, numa escala de um a cinco – o recurso foi anunciado em agosto de 2016. A companhia também afirmou que vai dar destaque às notícias locais, em uma seção diferenciada na rede social.
A iniciativa representa uma evolução em relação à mudança no algoritmo do Facebook, uma das maiores da sua história, anunciada na semana passada. A empresa enfrentou fortes críticas ao informar as mudanças, já que o algoritmo deixará de priorizar qualquer notícia, seja ela correta ou falsa.
Agora, pouco mais de uma semana depois, o Facebook afirma que as publicações “confiáveis”, segundo sua comunidade de usuários, “poderão ver um aumento na distribuição de conteúdo na rede social, enquanto publicações que ficarem abaixo no ranking poderão perceber uma queda na distribuição.”
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