Tecnologia

Os cientistas já sabem como detectar vida alienígena em planetas muito distantes

26 jan 2018 às 12:43

Uma equipe de pesquisadores publicou um estudo no Science Advances explicando uma maneira mais eficiente de detectar a vida extraterrestre em planetas extremamente distantes, simplesmente analisando os gases de sua composição. Basta procurar por misturas específicas de substâncias na atmosfera dos planetas para suspeitar que ali haja algum tipo de vida.

Na tentativa de descobrir a existência da vida extraterrestre, ou, ao menos, a habitabilidade de exoplanetas, astrônomos costumam analisar uma série de dados, incluindo sua posição em seu sistema estelar (a chamada “zona habitável”), bem como indícios de água no estado líquido e composição da superfície planetária. Só que essa missão fica um pouco mais complicada quando esses planetas estão muito distantes da Terra, a milhares e milhares de anos-luz.

No documento, Joshya Krissansen-Totton, da Universidade de Washington, afirma que ao analisar meticulosamente várias misturas de gases na atmosfera terrestre, a equipe acredita que é possível comparar a mistura de gases em outras atmosferas para indicar a presença de vida.

“É muito difícil produzir muito oxigênio sem vida”, explicou o cientista. “Mesmo que a vida seja comum no cosmos, não temos ideia se ali existirá vida que produza oxigênio, pois a bioquímica da produção de oxigênio é muito complexa e pode ser bastante rara”, declarou. Com isso em mente, a ideia é que planetas sem vida terão em suas atmosferas misturas previsíveis de gases, mas se detectarmos um planeta onde os gases estejam em desequilíbrio, essa pode ser um indício da existência de vida, ainda que muito diferente da terrestre.

Entre os desequilíbrios específicos já previstos pelos cientistas, está a presença de metano e dióxido de carbono, mas com ausência de monóxido de carbono. Esse seria um cenário indicativo de algum tipo de vida no planeta em questão.

Marte

Ainda que o cronograma possa mudar até lá, é fato que a humanidade vai colocar os pés em Marte em um futuro não muito distante. Só que ainda existem muitos desafios para a Nasa (estação espacial norte-americana) superar antes que isso seja possível, e um deles é como sustentar a vida por lá, tanto dos astronautas, quanto para os alimentos que eles precisarão cultivar por lá.

Para conseguir alimentar um habitat humano em Marte, será necessário muita energia. E esse é um dos desafios da Nasa, que vem analisando soluções variadas para a questão. Agora, a agência espacial está apostando em uma máquina especial que não somente consegue fornecer a energia necessária para a produção de alimentos e acomodação dos astronautas, como também pode ser um aparelho portátil para sustentar explorações na superfície do planeta.

Chamado Kilopower, esse maquinário é composto por minúsculos reatores nucleares, e o mais bacana é que os primeiros testes com o equipamento já se mostraram bem-sucedidos. Ainda, com o equipamento será possível produzir combustível em Marte. Segundo Patrick McClure e David Poston, da Nasa, “o brilhantismo do Kilipower é sua simplicidade: com poucas partes móveis, ele usa uma tecnologia inventada por nós em 1963”.

Funciona assim: um tubo selado de calor faz circular um fluido ao redor do reator, que pega o calor e o leva ao motor Stirling. Então, essa energia térmica pressuriza o gás para conduzir um pistão a um motor que gera eletricidade. Ao usar os dois dispositivos em conjunto, isso cria uma fonte de energia elétrica simples e confiável.

Leia mais em O Sul