O caso de uma criança de 3 anos que teve o braço quebrado por uma agente de apoio em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Cascavel está em investigação e trouxe à tona um problema recorrente na rede municipal: a escassez de professores.
O sindicato dos professores, Siprovel, já havia alertado sobre a situação, realizando uma intervenção em abril deste ano no CMEI Stanislava Bartinik, localizado no Parque São Paulo, onde ocorreu o incidente.
Na ocasião, o Siprovel pediu o fechamento de turmas devido à falta de profissionais. O sindicato argumenta que a ausência de servidores compromete o andamento das atividades e a qualidade do ensino. Gilsiane, presidente do Siprovel, destacou a dificuldade em proporcionar um atendimento diferenciado a alunos com necessidades especiais, como aqueles no espectro autista.
Outro ponto levantado pelo sindicato refere-se à função dos agentes de apoio, que, segundo a entidade, muitas vezes ficam responsáveis pelas crianças, enquanto seu papel deveria ser de suporte, na presença de um professor. Em média, cada sala de aula nos CMEIs conta apenas com um professor e um agente de apoio, uma quantidade considerada insuficiente.
A secretária de educação, Márcia Baldini, afirmou que a fila de espera nos CMEIs ultrapassa 5 mil crianças, mas 200 novos profissionais devem ser contratados em breve para reforçar o quadro de professores. Ela também mencionou que os problemas enfrentados atualmente incluem professores atuando fora de seus cargos, a impossibilidade de novas contratações devido ao período eleitoral e um alto número de atestados médicos.