Dona Neide, moradora do Conjunto Melissa, tem enfrentado dores intensas nas articulações há mais de uma semana, reflexo da chikungunya, doença transmitida pelo Aedes aegypti. “Não consigo ficar de pé por muito tempo, parece que torci o joelho. A dor é insuportável”, desabafa. Ela é um dos oito casos confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde nos últimos 40 dias, todos em mulheres e concentrados em um pequeno raio de duas quadras na região.
A situação já é considerada um surto, com alerta epidemiológico emitido. O coordenador de endemias do município explica: “Um surto é o aumento de casos em uma área restrita. Se o número cresce e se espalha, vira epidemia. Estamos monitorando para evitar isso.”
A doença é agressiva, podendo causar febre alta, dores intensas nas articulações, manchas pelo corpo e até inchaço nas mãos e pés. Agentes de saúde estão visitando casas da região, identificando novos casos e monitorando os confirmados. A aplicação de inseticidas foi intensificada, e o município busca autorização para usar o Fumacê.
A chikungunya, transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, zika e febre amarela, exige atenção redobrada para eliminar criadouros do Aedes aegypti. A população também deve colaborar para conter o surto e evitar que a doença se espalhe.