O apelo do presidente Jair Bolsonaro feito por meio de um áudio aos caminhoneiros nesta quarta-feira 8, não surtiu efeito. O presidente da república que teve apoio maciço da categoria, agora sente o gosto do próprio veneno que destilou no passado. J B disse na mensagem que os caminhoneiros são aliados, mas conclamou os motoristas a acabarem com os bloqueios porque isso prejudica o país.
O Ministro da Infraestrutura Tarciso Gomes também tentou sensibilizar a categoria por meio de um vídeo afirmando que a paralisação prejudica ainda mais o país e agrava a crise. O fato é que os próprios caminhoneiros perderam a mão.
Os grupos se dividiram, alguns se aliaram a outros políticos (inclusive de esquerda) e o movimento virou uma verdadeira baderna. Com a ausência de um líder e unidade nas bandeiras, cada um faz o que quer. Em alguns pontos do país houve confronto entre grevistas e caminhoneiros que não queriam parar.
A desobediência ao pedido do presidente ocorre também na região de Londrina onde pontos de concentração insistem em arregimentar motoristas, inclusive os que se recusam a aderir. É o típico “Quanto pior melhor”. Dá a impressão que esses rebeldes estão a serviço do PT – maior oposição ao governo federal.
O fato é que tanto o presidente Bolsonaro e o Ministro estão corretos. A paralisação dos caminhoneiros – que se quer tem bandeira definida – vai agravar ainda mais a situação. O desabastecimento representa aumento de custos e inflação.
Bolsonaro só esqueceu que foi ele mesmo quem convocou a população para protestar no dia 7 de setembro quando os caminhoneiros iniciaram o movimento em todo país.
Fakenews
Pra jogar mais lenha na fogueira, muitos caminhoneiros distribuíram um vídeo de Brasília que viralizou em grupos, dizendo que Bolsonaro havia decretado estado de sítio. Chega a ser hilário, ver um deles chorando de emoção ao dar a falsa notícia.