O Promotor do GEPATRIA – Grupo Especial do Patrimônio Público e Combate a Improbidade Administrativa - Renato de Lima Castro recebeu uma lista de cargos comissionados na administração municipal que teriam sido indicados por vereadores e partidos políticos.
Na lista constam nomes como o diretor administrativo financeiro da CMTU Marcio Tokoshima, que teria sido indicado pelo vereador afastado Mário Takahashi (PV). Também aparece Itacy de Melo Junior supostamente indicado para o IDEL/ Codel pelo vereador Jamil Janene (PP).
O líder do prefeito, Péricles Deliberador, teria indicado o irmão dele, Luiz Carlos de Menezes Deliberador, para secretaria de Defesa Social. A denúncia foi feita pelo ex-vereador Emerson Petriv – O Boca Aberta. Ele também relaciona indicações de outros vereadores como Filipe Barros – que teria emplacado um cargo na COHAB, Daniele Ziober – que teria uma parente em cargo de diretoria no IPPUL (neste caso, já atuava no Instituto) e Gui Belinati com indicação em cargo de assessoria na CMTU. Constam ainda indicações de Bruno Ubiratan –presidente do PP em Londrina, e até do secretário de cultura Caio Julio Cesaro, que teria indicado um primo para a administração municipal.
A lista que tem como base o portal da transparência traz também nomes curiosos como o do ex-presidente do camelódromo Ulisses Sabino (PTC), que já foi candidato a vereador e teria apoiado a eleição de Marcelo Belinati, devidamente acomodado na CMTU – só não se sabe o que ele faz. Naturalmente que não se pode generalizar e ser injusto. Muitas das pessoas citadas que ocupam esses cargos são tão ou mais competentes que servidores concursados.
Na semana passada, o promotor expediu recomendação administrativa pedindo a exoneração da advogada Mayra Alves Gomes esposa do suplente de vereador Emanoel Gomes (PRB). Ela ocupa cargo comissionado na secretaria de políticas para as mulheres.
O promotor condenou o Nepotismo e o chamado Transnepotismo em todos os níveis da administração pública. Há quem diga que a luta do promotor é uma batalha inglória contra a velha politicagem que domina os poderes. Isto porque a prática é tão comum que causa estranheza quando se vê um técnico ocupando um cargo comissionado. São exceções que confirmam a regra.
É e notório que boa parte dos cargos de livre nomeação serve mais para atender o “toma lá da cá” do que o interesse público. O fisiologismo se expressa tanto na governabilidade quanto no apoio em eleições. E Isto não é um privilégio da atual gestão. Ex-prefeitos, ex-governadores ex-presidentes da câmara deitam e rolam no quesito “acomodar apaniguados”.
O promotor Renato de Lima Castro está avaliando qual a medida que deve ser tomada.