A Polícia Federal atingiu um alvo bilionário da mais conhecida organização criminosa do país. Levantamento preliminar do serviço de inteligência, mostra que cerca de R$30 bilhões de todas as ramificações do grupo foram atingidos. O valor teria sido amealhado em quatro anos.
O coordenador Geral de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da PF Elvis Secco disse que a estratégia agora é desarticular a base financeira da organização. “Esse é um dos meus objetivos concretizando” afirmou.
Um dos mandados da Operação Rei do Crime – desencadeada pela Polícia Federal – teve Londrina como alvo. As demais ordens expedidas pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, estão sendo cumpridas em apartamentos de luxo e empresas nas cidades de São Paulo/SP, Bauru/SP, Igaratá/SP, Mongaguá/SP, Guarujá/SP, Tremembé/SP, Curitiba/PR e Balneário Camboriú/SC.
Os números preliminares da Polícia Federal mostram o tamanho do patrimônio que a organização criminosa ligada ao tráfico de drogas construiu com o ilícito. Segundo a PF, o volume total entre bens, empresas, veículos, iates, motos aquáticas etc.
A facção criminosa que tem base em São Paulo envolveu cerca de 70 empresas. A Polícia Federal informou que a Operação Rei do Crime tem o objetivo de desarticular um “importante e sofisticado braço financeiro que operação há mais de 10 anos em benefício da “sintonia fina” da organização criminosa.
Vamos a alguns números da Operação ainda em andamento:
200 policiais federais
13 mandados de prisão preventiva
43 mandados de busca e apreensão
32 automóveis, nove motocicletas, dois helicópteros, um iate, três motos aquáticas, 58 caminhões e 42 reboque e semirreboque. Valor aproximado ultrapassa os de R$ 32 milhões em bens sequestrados da facção criminosa.
mais de R$ 730 milhões bloqueados. Recursos que, segundo a pf, se encontram em contas bancárias dos investigados e de pessoas jurídicas ligadas direta ou indiretamente com os fatos investigados.
Houve também o bloqueio, junto aos cartórios de imóveis do estado de São Paulo e Balneário Camboriú/SC, de bens imóveis de pessoas físicas e jurídicas, impossibilitando a alienação de tais bens. Esse bloqueio pode aumentar significativamente os valores totais referentes aos bens sequestrados.
Entre os alvos estão empresários do setor de combustíveis e uma pessoa que foi condenada pelo envolvimento no furto ao Banco Central do Brasil, ocorrido em Fortaleza/CE, no ano de 2005. Todos eles, ao todo vinte indiciados, responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Durante a investigação, a Polícia Federal rastreou movimentações financeiras e identificou a existência de uma rede de combustíveis, inclusive uma distribuidora, que atuava em benefício da facção criminosa, lavando ativos de origem ilícita, através de empresas com atuação sólida no mercado e de empresas de fachada ou compostas por interpostas pessoas (laranjas).
O COAF-Conselho de Controle de Atividades Financeiras também forneceu relatórios de inteligência financeira à Polícia Federal apontando movimentações atípicas do grupo investigado, cujo valor ultrapassa a cifra de R$ 30 bilhões.