Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira 11, que o presidente da República não tem poderes para baixar os preços dos combustíveis numa canetada. Pressionado pelos caminhoneiros, e agora pelo povo em geral, o presidente se rendeu à realidade.
Bolsonaro mencionou a variação do dólar e a política de preços da Petrobrás para justificar sua resposta aos questionamentos sobre as constantes altas. Diferente do que fez no início deste ano, quando trocou o comando da Companhia como se isso pudesse dar resultado nas bombas do dia pra noite.
Notem que Bolsonaro recuou também em relação ao STF e à polêmica das urnas. Não que ele tenha mudado de opinião e não mudou. Fato é que o presidente está vendo sua popularidade virar pó a cada confusão que se envolve.
Na real, o povão mesmo ta nem ai com essa história de Alexandre Morais, STF e outras. O “seo Zé, a dona Maria, e Tião “ se irritam mesmo com o político de plantão, quando a bomba explode no seu bolso.
Ele começa a pensar que seu voto tem valor e pode mudar as coisas quando a conta de luz sobe mais de 25%. Quando os preços dos combustíveis quase dobram e já não consegue trazer pra casa do supermercado um quilo de carne. Aliás, a indústria já encontrou uma forma de “disfarçar” a inflação: reduzindo a quantidade dos produtos. Até o “papel higiênico ficou mais curto na crise”.
Pior saber que a inflação nossa de cada dia não é movida pelo consumo e sim pelo custo de produção. Com as dinâmicas de mercado (lei de oferta e procura), câmbio, demandas e reflexos da pandemia, a economia mundial toda está sofrendo. A inflação é um fenômeno do planeta e não só do Brasil
Para 2022, o Banco Central prevê inflação menor, mas também prevê crescimento menor. Ainda que as taxas de juros estejam mais atraentes no ano que vem, o Brasil pode sofrer com as incertezas provocadas pelo ambiente político-eleitoral.