Cerca de vinte pessoas se reuniram em frente à prefeitura de Cambé na tarde desta quarta-feira (21) pedindo por mais segurança nas salas de aula. A maioria eram pais de alunos de colégios estaduais da cidade. Eles chegaram a formar uma corrente de oração.

O clima de pânico tem tomado conta dos pais e estudantes, depois que o Colégio Estadual Professora Helena Kolody foi alvo de um ataque por um ex-aluno. Karoline Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16, foram mortos pelo atirador.

O grupo se reuniu em frente à prefeitura por entender que o caso também é de responsabilidade do município, e que o prefeito, Conrado Scheller, tem poder de pressionar o governo do Estado a reforçar a segurança nas escolas estaduais.

Conrado não recebeu as pessoas. Ele reconheceu que a mobilização é legítima, mas afirmou que existem limites para ação do município nas escolas estaduais. Ainda assim, informou que vai se reunir com o governo do Estado.

As aulas na rede estadual retornam nesta quinta, 22, e muitos pais cogitam não mandar os filhos de volta para a sala de aula. É o caso da dona Sandra Casarin, mãe da Kethelin Sanches, que estuda no Colégio Estadual Olavo Bilac. A jovem está com medo e não quer voltar pra escola. “O psicológico dela está abalado, abalou todos nós da cidade. Está um clima muito tenso”, lamentou a mãe. “Eu tenho medo de ir e não voltar mais”, complementou a filha.

Os dois filhos do seu Ivair Máximo estavam na escola no momento do atentado e ainda estão traumatizados. “Minha filha está sem dormir, essa noite choraram muito. É uma situação muito difícil e eu sinto pela família dos alunos que não tiveram a mesma sorte que meus filhos”, declarou.