Londrina lança programa que oferece apoio financeiro e capacitação para carroceiros, visando proteger os animais e incentivar a transição dos trabalhadores para novas profissões.
Nesta primeira etapa, 26 carroceiros serão beneficiados com R$ 1.000 pela entrega da carroça. Durante três meses, cada um também receberá um salário mínimo.
Após esse período, o município fará um aporte de R$ 10 mil para que esses profissionais possam investir em uma nova atividade.
Ao todo, serão investidos cerca de R$ 500 mil, recursos oriundos do Fundo Municipal do Meio Ambiente.
Para Juliano de Oliveira Custódio, presidente da associação da categoria, cada carroceiro deverá se adaptar às mudanças e buscar uma nova profissão.
O anúncio da nova política pública, que busca proteger os animais de tração e apoiar os carroceiros em Londrina, foi feito no auditório da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Londrina conta com 69 carroceiros cadastrados. Os animais terão dois possíveis destinos: lares temporários administrados por ONGs, ou permanecer com o carroceiro, desde que em local adequado e livre de maus-tratos.
“A gente sabe que muitas vezes o animal era utilizado e não necessariamente sofria maus-tratos. Vamos pagar esse auxílio mensal para que quem vivia da carroça possa se qualificar”, afirmou Juliano.
Durante a reunião, o prefeito também destacou que haverá fiscalização diária para garantir que os carroceiros atuem dentro das normas em Londrina.
A proposta concilia a proteção dos animais de grande porte utilizados para puxar carroças com o oferecimento de condições para a transição profissional dos trabalhadores.
Juliano de Oliveira Custódio reforçou que a entrega da carroça é obrigatória, mas que a decisão de manter ou não o cavalo ficará a cargo de cada carroceiro.