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Cotidiano

Londrina realiza caminhada pelo fim da violência contra as mulheres

02 dez 2021 às 20:31
Por: Redação Tarobá News

Como parte da Campanha de 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o grupo Mulheres do Brasil vai promover neste domingo (5), a partir das 9h, uma caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas. O ponto de encontro será no Aterro do Lago Igapó, sendo aberto para homens e mulheres. A recomendação é de que se use a cor laranja.

A ação faz parte de uma mobilização internacional promovida pelo grupo Mulheres do Brasil e tem a Prefeitura de Londrina como apoiadora. No domingo, mais de 40 cidades do Brasil e do exterior realizarão ações pelo fim da violência contra as mulheres. As atividades serão concomitantes, onde cada cidade seguirá seu fuso horário e cronograma próprio. “Sempre é importante divulgarmos as ações como a caminhada, porque precisamos falar sobre a violência doméstica e familiar que muitas mulheres brasileiras ainda sofrem. Com essas atividades, nós chamamos a atenção para o assunto e mostramos os caminhos que as vítimas podem seguir para buscar ajuda”, disse a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes.

Uma das organizadoras e líder colegiada do grupo Mulheres do Brasil, em Londrina, Nilma Raquel Silva, explicou que a cor laranja tem relação com a Campanha de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, realizada anualmente pela Organização das Nações Unidas (ONU). “A gente pede para todo mundo que for participar usar o laranja, porque ele foi escolhido pela ONU como a cor da causa. O objetivo de criar um mundo brilhante, positivo e livre de violência contra as mulheres e meninas. A caminhada deste domingo acontece há quatro anos no comitê do Mulheres do Brasil e será a primeira vez em Londrina”, explicou Silva.

Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência ao longo da vida, apenas por causa de seu gênero. A violência de gênero é considerada, pela organização, uma pandemia global. Sobre isso, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública ressalta que a pandemia de Covid-19 trouxe uma situação dramática para as mulheres que ficaram confinadas em casa com seus agressores. Apesar de os números de denúncias diminuírem, isto significa que muitas mulheres não conseguiram pedir ajuda, apesar de haver o aumento considerável dos casos de violência doméstica. De acordo com o órgão, em 2020, foram registrados 1.350 feminicídios no Brasil, ou seja, uma morte a cada seis horas e meia.

A Caminhada pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas em Londrina tem apoio, além da Prefeitura de Londrina, do Lions Club, da Comissão da Mulher Advogada da OAB Londrina, da Comissão de Mulheres Empreendedoras e Gestoras da Fecomércio e da Associação das Mulheres Corretora de Imóveis de Londrina, além de outras autoridades e organizações da sociedade civil.

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Sobre o Mulheres do Brasil – O Mulheres do Brasil nasceu em 2013, por iniciativa de 40 empresárias de diferentes segmentos. A intenção era de intensificar as políticas para as mulheres. Hoje, elas realizam trabalhos voluntários em 151 núcleos, sendo 112 nacionais e 39 internacionais. Estes últimos estão em 22 países diferentes. Em Londrina, ele existe desde o ano passado. A primeira reunião aberta ao público aconteceu em 10 de dezembro de 2020, no aniversário de Londrina e no Dia dos Direitos Humanos.

Atualmente, mais de 100 mil mulheres integram o grupo, o que o torna o maior sem envolvimento com partidos políticos do mundo. “É só com ações de políticas públicas que conseguimos transformações na sociedade. Um exemplo dessas políticas é que o grupo liderou recentemente o movimento Unidos Pela Vacina, que juntou mulheres de vários setores da sociedade civil e do setor privado. Mapeou todos os municípios do Brasil e levantou dados sobre as necessidades deles, com o objetivo de agilizar a vacinação”, completou Silva.

Para participar do grupo é preciso ser mulher, por isso as interessadas devem entrar em contato através do Instagram (@grupomulheresdobrasillondrina) ou por e-mail no: [email protected].

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