A alimentação saudável é primordial durante o tratamento do paciente com câncer, os efeitos causados pelas cirurgias, quimioterapias ou radioterapias, causam efeitos colaterais e problemas nutricionais, principalmente falta de apetite, perda de peso, problemas de deglutição, náuseas e distúrbios gastrointestinais.
Segundo a Nutricionista Oncológica da Uopeccan de Cascavel, Mariza Cristina Luft, o principal objetivo do nutricionista oncológico é orientar e adequar a dieta para minimizar e controlar os resultados que possam surgir ao longo do tratamento. “Por meio da alimentação adequada conseguimos manter a integridade intestinal, prevenir ou tratar a desnutrição, melhorar a resposta imunológica, acelerar a cicatrização e reparos dos tecidos lesados e a qualidade de vida do paciente”.
Mas será que existem alimentos que ajudam prevenir o câncer? De acordo com a nutricionista Oncológica da Uopeccan de Umuarama, Franciele Stefanoni Cia, um conjunto de hábitos saudáveis possuem efeitos protetor contra vários tipos de doenças crônicas. “O consumo regular de frutas, legumes, vegetais está fortemente associado ao risco reduzido de desenvolver a doença, e isso se deve ao poder de proteção desses alimentos”.
Os principais alimentos que podem ajudar no combate ao câncer são aqueles que possuem nutrientes considerados antioxidantes e anti-inflamatórios, como os vegetais, carboidratos integrais, frutas, leguminosas, carnes magras, ovos, leite e derivados, oleaginosas, ervas aromáticas e especiarias culinárias (açafrão, manjericão, alecrim, salsinha, cebolinha, orégano, cúrcuma, gengibre). Já os alimentos que deve ser evitado o consumo em excesso são “os industrializados ricos em gorduras hidrogenadas e gorduras trans, sódio, conservantes e corantes, farinhas refinadas e açúcares, orienta a especialista Mariza Cristina Luft.
O serviço de nutrição do Hospital do Câncer Uopeccan conta com 6 nutricionistas entre as unidades de Cascavel e Umuarama. O acompanhamento nutricional aos pacientes oncológicos ocorre por meio da triagem. Durante o processo é identificado se o paciente apresenta risco nutricional, podendo assim se beneficiar do suporte individualizado. Em seguida é realizado um relatório de consumo alimentar, aplicado em conjunto com a equipe de enfermagem e copeiros hospitalares com o intuito de flexibilizar a dieta ofertada e aumentar a aceitação.