Todos os locais
Todos os locais

Selecione a região

Instagram Londrina
Instagram Cascavel
Economia
Brasil

Entenda o corte de incentivos fiscais aprovado pelo Congresso

Projeto também aumenta tributos sobre bets e fintechs
22 dez 2025 às 08:50
Por: Agência Brasil
Joédson Alves/Agência Brasil/ARQUIVO

Principal aposta do governo federal para equilibrar o Orçamento de 2026, o corte de incentivos fiscais foi aprovado nesta semana pelo Congresso Nacional. Com potencial de elevar a arrecadação em cerca de R$ 22,4 bilhões no próximo ano, a proposta também aumenta tributos sobre empresas de apostas on-line (bets), fintechs e grandes empresas que remuneram sócios por meio de juros sobre capital próprio (JCP).


Aprovado na madrugada da última quarta-feira (17) pela Câmara dos Deputados e, horas depois, pelo Senado Federal, o texto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o projeto era essencial para evitar um corte de aproximadamente R$ 20 bilhões no Orçamento de 2026.


O projeto prevê a redução de 10% em parte dos incentivos e benefícios fiscais federais e, simultaneamente, o aumento de tributos sobre casas de apostas esportivas, instituições financeiras e operações de JCP. Além disso, estabelece regras mais rígidas de controle, transparência e limites para a concessão de benefícios tributários no país.


A diminuição de incentivos atinge tributos como PIS/Pasep, Cofins, IPI, IRPJ, CSLL, Imposto de Importação e contribuição previdenciária patronal, incidindo sobre os chamados gastos tributários previstos no Orçamento de 2026 e em regimes especiais, respeitadas as exceções legais.


Entre os regimes e setores que podem ser afetados estão o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), créditos presumidos de IPI para exportadoras, benefícios de PIS/Cofins para setores como farmacêutico, agropecuário, alimentos, transporte rodoviário de passageiros e exportações de café e cítricos, além da alíquota zero de PIS/Cofins para importadores de fertilizantes, agrotóxicos e nafta petroquímica. No caso do lucro presumido, o texto autoriza elevar em 10% a base de cálculo apenas sobre a parcela da receita anual que ultrapassar R$ 5 milhões.

Outras notícias

Petroleiros avaliam proposta como insuficiente e greve segue na Petrobras

Reforma tributária: veja o que muda com o projeto aprovado pela Câmara

Comissão do Congresso aprova Orçamento de 2026


Ficam fora da redução as imunidades constitucionais, como templos religiosos, partidos políticos e livros, além da Zona Franca de Manaus, produtos da cesta básica, entidades filantrópicas, empresas do Simples Nacional, programas como Minha Casa, Minha Vida, Prouni, Lei Aldir Blanc, desoneração da folha e incentivos para os setores de tecnologia da informação, comunicação e semicondutores. Benefícios concedidos por prazo determinado e com contrapartidas cumpridas também foram preservados.


No caso das bets, a tributação sobe de forma gradual. A alíquota atual de 12% passará para 13% em 2026, 14% em 2027 e 15% em 2028. Metade da arrecadação adicional será destinada à seguridade social e a outra metade a ações de saúde. O texto também endurece a fiscalização e prevê responsabilização de quem fizer publicidade ou operar com apostas não autorizadas.


Para as fintechs, a CSLL sobe de 15% para 17,5% até 2027 e para 20% a partir de 2028. Outras instituições financeiras, como bolsas e entidades de liquidação, terão aumento gradual de 9% para 12% e, depois, para 15%.


O Imposto de Renda retido na fonte sobre juros sobre capital próprio (JCP) também aumenta, passando de 15% para 17,5%, afetando principalmente grandes empresas que utilizam esse mecanismo para remunerar sócios e acionistas.


O projeto ainda estabelece um limite global para benefícios fiscais. Caso os incentivos ultrapassem 2% do PIB, ficará proibida a concessão ou ampliação de novos benefícios, salvo se houver medidas de compensação fiscal. Segundo o governo, os gastos tributários no Brasil podem chegar a R$ 800 bilhões por ano.


Outro ponto trata da revalidação dos chamados restos a pagar, permitindo a quitação de despesas empenhadas e canceladas desde 2023 até o fim de 2026, inclusive emendas parlamentares. O impacto estimado é de cerca de R$ 3 bilhões.


A maior parte das medidas entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, respeitando a noventena, prazo mínimo de 90 dias após a sanção presidencial para alterações que envolvem aumento de tributos ou redução de benefícios.

Veja também

Relacionadas

Economia
Imagem de destaque

Cerca de 95,3 milhões de pessoas recebem 2ª parcela do décimo terceiro

Economia
Imagem de destaque

Congresso deve votar nesta sexta Projeto de Lei Orçamentária 2026

Economia

Alta de 28,6% nas exportações para a China compensa tarifaço americano

Economia

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Homem tem órgãos genitais cortados com faca na zona rural de Londrina

Paraná
Paraná

Médico de 38 anos morre após salvar filhas de afogamento em Matinhos

Cidade
Londrina e região

Adolescente é morto a facadas em carro de aplicativo em Londrina

Cidade
Londrina e região

Homem de 45 anos é encontrado morto por familiares no Centro de Londrina

Cidade
Londrina e região

Justiça condena Prefeitura de Cambé a realizar obras no Recanto Rancho Ringo

Podcasts

Podcast Arte do Sabor | EP 3 | Como comprar azeite Andorinha online?

Podcast Pod Fala com a Tai | EP 8 | A Jornada Empreendedora | Karol Moreira

Podcast Café Com Edu Granado | EP 43 | Disciplina e Superação | Junior Zampar

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.