Os bombeiros entraram, nesta terça (13), no 4º dia de buscas pelo pequeno Thiago, de 2 anos, desaparecido no último sábado (10).
Mergulhadores começaram a percorrer o ribeirão três bocas.
“A nossa ideia é fazer duas investidas: uma mais rápida, descendo, aproximadamente, 5 km do rio, tentando encontrar algo que esteja mais nítido em nosso campo visual. Feita essa descida e não tendo encontrado nada, mudaremos a estratégia: faremos uma descida mais minuciosa, mais demorada” relata o Sargento Gustavo, do Corpo de Bombeiros.
Gustavo comenta, também, que as chuvas podem dificultar as buscar, por conta do nível do rio ter subido.
“Visto que choveu muito a noite inteira, fomos informados pela Patrulha das Águas que o nível das águas subiu quase meio metro, aumentando a velocidade, o que pra nós é ruim. Isso aumenta as chances da criança ter sido levada para mais longe, caso ela esteja no rio”.
Ele comenta que a corporação trabalha com a hipótese de um acidente ter ocorrido e não com a hipótese de um crime.
Polícia Civil (PC)
O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) e a Delegacia de Homicídios, da Polícia Civil (PC), seguem nas investigações do caso e ouviram, mais uma vez, nesta terça (13), a mãe e o namorado.
De acordo com a delegada Lívia Pini, “eles foram ouvidos para melhor esclarecer o itinerário dos fatos, mas trouxeram a mesma versão. Algumas inconsistências persistem. Os familiares foram ouvidos, também, bem como uma testemunha que estava no local e que telefonou para a Polícia e os Bombeiros, ambas para esclarecerem o que se deu a cada minuto dos fatos”.
Sobre as inconsistências, Lívia diz que das descrições do lugar e da maneira como a criança teria desaparecido. “O espaço pelo qual a criança teria saído é um espaço muito estreito, ele estaria em um local muito próximo, fato que faz com que tenha sido difícil a criança ter saído sem ser percebida. Existe a possibilidade dela ter saído do carro em um outro momento, relativamente mais fácil, mas isso ainda não está claro”.
Sobre possíveis provas, Lívia diz que “no local não foram encontrados muitos elementos de prova. O que faremos, ainda, é a perícia no veículo; nós não tivemos acesso ao laudo. Para descartar outra ocorrência, por exemplo, de que a criança tenha sido morta dentro do carro, realizaremos o luminol dentro do carro, buscando vestígios de sangue”.
Sobre um possível crime, a delegada diz que “a princípio não há suspeitas de que o casal tenha praticado homicídio doloso contra a criança. Nós estamos apurando uma eventual negligência aos cuidados dessa criança, ali, no momento, que possa ter gerado um acidente”.
Lívia Pini espera que até o final desta terça (11) o resultado do laudo da criminalística fique pronto. “Assim que tivermos essas informações, nós conseguiremos ter uma melhor noção do que aconteceu” finaliza.