As mudanças promovidas pelo prefeito Marcelo Belinati soam no mínimo estranhas para quem resgata seus discursos, sobretudo de montagem de secretariado. Cantou aos quatro ventos que Moacir Sgarioni vinha fazendo um “bom trabalho” a frente da CMTU inclusive reduzindo contratos como foi o caso do lixo.
Numa apresentação feita por Sgarioni em 28 de novembro do ano passado com a presença do prefeito, foi anunciada uma economia que poderia chegar a R$ 22 milhões em 12 meses. (link abaixo). Moacir também mapeou os mais de 200 pontos de descarte de lixo irregular em Londrina e já havia colocado como prioridade a contratação de caminhões guincho para a Companhia. Na iniciativa privada, meritocracia significa pré-requisito para promoção. Na vida pública parece retrocesso.
Agora Marcelo manda Sgarioni para a Codel e diz que vai focar na atração de indústrias para Londrina. Oi? E a missão na CMTU? Esse discurso recheado de otimismo contrasta com a burocracia e as demandas que o próprio prefeito encaminha para a câmara como é o caso do ConCidade – Conselho que pode contribuir para o travamento geral do desenvolvimento conforme preveem entidades do setor produtivo. Além disso, as mudanças no secretariado, podem gerar aumento de gastos ao erário.
A presidência da Codel era acumulada pelo presidente do IPPUL. Agora o município terá que pagar o salário de Sgarioni. Marcelo também tirou o vice João Mendonça da agricultura, e nomeou Alexandre Fugita. Mais um ordenado.
O advogado Marcelo Cortez vai pra CMTU. Muito bem. Se o MP já estava no pé de Sgarioni por não cumprir os requisitos exigidos na lei das estatais, o que dizer do novo presidente? Será que esse cumpre? Ou será que o prefeito precisa de um operador do direito para tocar as licitações espinhosas que vêm pela frente como a do transporte coletivo. Só no futuro, vamos saber as o verdadeiro motivo dessas mudanças. Que venham as indústrias então.