Na última semana do ano, os cinemas estão se preparando e trazendo muitas novidades aos fãs da sétima arte. Seja com drama, ação, humor ou romance - as telinhas estarão recheadas de emoção e adrenalina.
Os fãs de comédia poderão apreciar Fala Sério, Mãe, estrelado por Larissa Manoela e Ingrid Guimarães. A produção está entre os destaques da semana e é uma das mais esperadas pelo público. Veja um resumo das estreias desta quinta-feira (28):
- Roda Gigante
O mais recente filme escrito e dirigido por Woody Allen surpreendeu por não ser uma comédia. Neste novo filme, ele volta a Coney Island, praia de Nova York que era o berço de Alvy Singer, protagonista de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977). São os anos 1950, o que dá oportunidade ao diretor de fotografia italiano Vittorio Storaro esbanjar uma paleta de cores especiais. Essas cores mutáveis reforçam a impressão de um cenário teatral, arte que está no centro da inspiração da história, que tem como narrador o salva-vidas Mickey (Justin Timberlake). Ele é também um aspirante a dramaturgo, que se encarrega de contar o drama do qual é participante.
A praia, seu calçadão e uma casinha ao lado da roda-gigante são o ambiente em que vivem os personagens de uma família disfuncional: Ginny (Kate Winslet), atriz frustrada que trabalha como garçonete, seu marido Humpty (Jim Belushi), operador da roda-gigante, Carolina (Juno Temple), a filha do primeiro casamento de Humpty, e o garoto Richie (Jack Gore), filho da ligação anterior de Ginny. Vivendo um romance extraconjugal com Mickey, Ginny sonha com uma saída desta rotina frustrante. Mas a ligação não traz nada de bom ao conturbado ambiente familiar.
- Fala Sério, Mãe
Comediante que é marca registrada de sucessos como De Pernas pro Ar e Minha Mãe é uma Peça, Ingrid Guimarães estrela o filme teen ao lado de Larissa Manoela. O roteiro adaptado do livro de Thalita Rebouças mostra situações constrangedoras que esta mãe superprotetora cria para a filha Malu. Quando a menina entra na adolescência é que as crises entre as duas explodem.
- O Jovem Karl Marx
Os anos de juventude de dois homens que mudaram o mundo, Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), estão no centro do novo filme do cineasta haitiano Raoul Peck (Eu Não Sou Seu Negro). No roteiro, assinado por Peck e Pascal Bonitzer, Marx (August Diehl) é um jovem de menos de 30 anos, jornalista e polemista, que começa a interessar-se pelos mecanismos que regem a exploração do homem pelo homem. Mas é pobre, casado com uma mulher rica que abandonou seu clã e sua fortuna por amor, Jenny (Vicky Krieps), e tem que enfrentar os dilemas da sobrevivência, além da perseguição da polícia ao seu ativismo.
Num encontro desses destinados a alterar a história do mundo, Marx conhece Engels (Stefan Konarske), herdeiro rebelde de tecelagens que são, em meados dos anos 1840, o cenário das jornadas de trabalho análogas à escravidão que caracterizaram a Revolução Industrial. Dessa amizade inusitada entre dois homens de origens muito diferentes nasce uma parceria intelectual ativa e duradoura, que os levará ao encontro de outros socialistas da época, como o francês Proudhon (Olivier Gourmet), um dos muitos aos quais eles se aliarão, para depois superar, em livros como A Sagrada Família e, depois, O Capital, obra máxima de Marx.
- A Origem do Dragão
O drama A Origem do Dragão conta como o lendário ator e diretor Bruce Lee (1940-1973) lapidou seu estilo de luta marcial. O problema é que o filme não se define como um programa destinado aos fãs do ídolo ou ao público em geral.
Ao centro da trama está a disputa entre Lee (Philip Ng) e o mestre shaolin Wong Jack Man (Yu Xia), na San Francisco nos anos de 1960. O resultado, diz a lenda, refinou o estilo de luta de Lee. O filme, porém, parece mais focado numa subtrama sobre um americano (Billy Magnussen) apaixonado por uma garçonete chinesa (Jingjing Qu).
- A Ópera de Paris
O diretor Jean-Stéphane Bron faz uma viagem inesquecível e imperdível ao coração da Opéra Bastille e do Palais Garnier, em Paris, no documentário A Ópera de Paris, que destaca os bastidores de um dos maiores símbolos da cultura francesa.
As imagens, filmadas ao longo de um ano e meio, durante a preparação das atrações da temporada de 2016, conduzem o espectador em uma visita guiada a uma verdadeira cidade, habitada por técnicos, atores, bailarinos, músicos, coreógrafos, maestros, operadores, funcionários da limpeza e até um touro de uma tonelada, que se torna protagonista de uma ópera.
Se os efeitos em 3D nos filmes de ação aproximam personagens e cenários até quase colidir com os olhos do espectador, em A Ópera de Paris uma câmara invisível nos transporta diretamente para os locais onde a ação se desenvolve. O diretor, que nunca havia assistido a uma apresentação lírica, disse ter filmado uma utopia.
(Band)