Não foi a estreia que o Cascavel desejava na Série D do Campeonato Brasileiro. No último sábado, a Serpente Aurinegra foi derrotada por 2 a 0 pelo Crac de Goiás, no primeiro encontro entre as duas equipes. Esta foi a quinta derrota que o time teve dentro do Estádio Olímpico pela competição nacional. Em 2020, o Cascavel perdeu só um jogo como mandante para a Ferroviária. Em 2021, também teve apenas uma derrota. E foi a pior e a mais amarga: perdeu para o Cianorte por 3 a 0 pela segunda fase, resultado que decretou a eliminação da equipe naquele ano. Já na edição de 2022 da Série D, o Cascavel teve dois tropeços no Olímpico: 2 a 0 para o Azuriz e 1 a 0 para o Aimoré. Mas nunca a equipe havia sido derrotada na estreia. Nas três participações anteriores na Série D, o Cascavel também fez o primeiro jogo em casa. Teve empates contra Cabofriense e Joinville pelo mesmo placar, 3 a 3. E no ano passado conseguiu derrotar o Próspera por 1 a 0.
A equipe de Luis Carlos Cruz tinha tudo para manter a mesma pegada do Campeonato Paranaense com bons jogos dentro do Olímpico. O treinador, inclusive, manteve a base da equipe que vinha jogando no Estadual. Dos onze titulares que iniciaram o jogo contra o Crac, dez estiveram no time do Estadual. O único jogador que foi contratado que iniciou entre os titulares foi o zagueiro Guilherme Moller. E até teve uma boa estreia. No segundo tempo, Luis Carlos Cruz fez alterações na equipe e promoveu as estreias de Bruno Sena, Gui Sales, Alan Pedro e Thiago Rubim. Destes, quem mais contribuiu com a equipe foi Bruno Sena, que preencheu o espaço deixado por Jacy. Dos atletas mais ofensivos, Gui Sales e Thiago Rubim tiveram chances para balançar as redes. A melhor delas foi do ex-jogador do Maringá, que carimbou o travessão. Alan Pedro até mostrou que tem bom passe e é capaz de oferecer uma organização no meio-campo. Mas não teve nenhum lance mais incisivo. Aliás, neste setor, na visão de Luis Carlos Cruz, quem ficou devendo foi Robinho. O treinador do Cascavel não quis colocar a responsabilidade do resultado sobre o atleta. “A responsabilidade da derrota é minha. Porém, o Robinho poderia ter contribuído um pouco mais com a equipe. E eu não iria tirar ele do jogo. Foi o craque do Campeonato Paranaense”, disse.
Luis Carlos Cruz também fez uma observação. O time que iniciou a jornada na Série D trouxe um problema do Estadual. A falta de gols. A Serpente Tricolor sempre balançou as redes, em casa, quando estreou pela Série D. Esta foi a primeira vez que o ataque passou em branco. “O pensamento era de todos após a partida. O time dominando, pressionando o adversário, mas com um padrão repetido do Estadual. Quam é? A falta de gols”, disse.
O elenco do Cascavel já iniciou a preparação para o segundo jogo na Série D, o primeiro fora de casa. No sábado (13), o Cascavel irá visitar a Inter de Limeira, no interior de São Paulo. O treinador já começa a busca pela redenção após a vitória. “Primeiro dar mérito ao adversário, que tinha uma ideia, estudou o nosso time e saiu daqui com três pontos que, como disse o treinador deles, só o Athletico fez isso com a gente após a minha chegada. E ele fez agora. Então ele sai fortalecido e joga em casa agora. E a gente sai ferido”, disse Cruz.
Maringá
O Maringá entrou em campo no fim de semana pela rodada da Série D e empatou com o XV de Piracicaba em 1 a 1. Na próxima rodada, o Dogão faz o primeiro jogo em casa e recebe a Ferroviária. Na terceira rodada, Cascavel e Maringá fazem o clássico paranaense nesta chave.
