Nascido e criado no campo, Fabio Beitum sempre acompanhou os pais na cafeicultura, no município de Tangará da Serra. A família de produtores veio do Paraná há 45 anos, sempre acreditando no café, mas uma crise hídrica na região mudou os planos dos cafeicultores. A alternativa foi investir no plantio do abacaxi, que necessita de menos água para se desenvolver.
“Hoje trabalho junto com meus dois irmãos na lavoura, minha esposa trabalha em uma banca no distrito de Progresso, comercializando parte da produção e minha mãe na feira do Produtor da cidade”, conta Fabio.
A estratégia deu certo e a terceira geração da família já se prepara para dar continuidade nos negócios. Bianka Beitum, 17 anos, possui o mesmo amor do pai: o campo. Desde pequena, se inspira no pai e recebe todo o incentivo para ser uma profissional do agro.
A estudante ajuda no comercio dos abacaxis e pretende trabalhar na fazenda da família. É o pai que encoraja a jovem no curso técnico em agricultura e auxiliar veterinário e atuar no manejo do gado da propriedade.
“A princípio sempre convivi nesse meio, então peguei gosto pelo ramo. Meu pai me inspira e me apoia para que eu conquiste mais conhecimento, ainda mais por ver que é algo que eu gosto”, conta Bianka, que pensa em seguir os passos do pai.
A família é atendida pela Assistência Técnica e Gerencial em Fruticultura do Senar-MT. O técnico de campo, Eduardo Teixeira, conta que a união fez a força para melhorar a produção, que no início era de 3 hectares e aumentou para 10 hectares, com possibilidade de colheita durante todo o ano.
“Eles começaram praticamente do zero, desde o os tratos culturais da maioria de forma manual, para hoje praticamente 80% mecanizado. Além de tudo é uma família unida pela sucessão familiar trabalhando juntos, estabelecendo metas juntos e traçando os caminhos”, ressalta o técnico de campo.