O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou nesta terça-feira (7) que prorrogou, por mais 180 dias, a vigência do estado de emergência zoossanitária no Brasil em função da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a gripe aviária H5N1. Não houve, até agora, nenhum caso da doença registrado em criações comerciais, mas há cerca de 139 casos em aves silvestres, aves de subsistência e mamíferos aquáticos, como leões-marinhos, na região sul.
O Brasil continua com o status de país livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as exportações de produtos avícolas está normalizada. “O combate à gripe aviária é uma questão que merece a atenção de todos, pois o avanço da doença pode impactar diversos setores do país. A prorrogação nos dará mais segurança para o enfrentamento a esta crise sem maiores riscos”, destaca Carlos Fávaro, ministro da agricultura.
A emergência zoossanitária já havia sido decretada, pela primeira vez, em 22 de maio deste ano como uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
O anúncio permite ao Governo adotar medidas de erradicação do foco de forma rápida, a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais, bem como ações integradas para conter a disseminação da doença pelo Brasil.
Casos confirmados
De acordo com o Map, até o momento, o Brasil já soma 139 focos da doença confirmados, sendo em aves silvestres, aves de subsistência e mamíferos. O Mapa segue alertando a população que não toquem ou recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.