Os preços futuros de café apresentaram uma forte queda nesta segunda-feira (02), após atingirem máximas em 47 anos na semana passada. Segundo a StoneX, o avanço dos preços foi impulsionado por uma série de fatores, como as preocupações com a safra brasileira de 2025/26, a redução das estimativas do USDA para a safra 2024/25, a nova legislação EUDR e os desafios enfrentados pela produção do Vietnã, que está sendo colhida, mas sofre com excesso de chuvas. Além disso, o mercado também foi pressionado pelos elevados custos de frete, em função da escassez de contêineres e dos atrasos nos embarques, o que gerou um aumento nos custos logísticos.
Nesse contexto, a StoneX projeta uma redução de 10,9% na produção de café arábica para o Brasil na safra 2025/26, o que contribui para o temor de uma disponibilidade global reduzida do grão no próximo ano. Como reflexo desse cenário, os preços futuros do café arábica avançaram 5,3% na última semana, atingindo US¢ 318,05/lb no contrato mais ativo. No mercado de café robusta, em Londres, os preços subiram ainda mais, com um aumento de 9,2%, alcançando USD 5377/ton.
No entanto, os preços sofreram uma correção significativa nesta segunda-feira. Em Nova York, o café arábica recuou 7,17%, caindo para US¢ 295,25/lb, enquanto em Londres o café robusta teve queda de 9,28%, atingindo USD 4878/ton. A redução nos preços reflete as incertezas que continuam a impactar o mercado global de café, com as flutuações nos preços respondendo a uma série de fatores que afetam tanto a oferta quanto a demanda do grão.
