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EUA produzem 1% do café que consomem e importam 8 milhões de sacas do Brasil

Americanos são os maiores consumidores de café do mundo e importam 34% do café brasileiro
11 jul 2025 às 16:09
Por: Band
Gilberto Marques/Secretaria da Agricultura do Estado de SP

O Brasil exporta, em média, oito milhões de sacas de café aos Estados Unidos e é o principal fornecedor de café para os americanos, que são os maiores consumidores de café do planeta. Por lá, são consumidos em torno de 24 milhões de sacas de café por ano. A taxação de 50% sobre os produtos brasileiros exportados, tarifa que deve ser aplicada a partir do dia 1º de agosto, deve impactar severamente a vida dos cidadãos americanos. Segundo o governo dos EUA, o preço do café subiu 32,4% no país entre junho de 2024 e maio de 2025.


De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Celírio Inácio, será fundamental que Brasil e Estados Unidos mantenham um diálogo diplomático nos próximos dias para tentar reverter a taxação, já que os dois países vão ter perdas significativas com as decisões de Trump. No Brasil, o setor pode ser prejudicado em longo prazo, com desemprego e falta de investimentos na produção, e nos Estados Unidos, os consumidores. “É um momento extremamente delicado e só a diplomacia e o bom entendimento possa dar resolução pra esse tipo de questão”, disse Inácio, em entrevista à BandNews FM.


O executivo ressaltou que “o Brasil, obviamente depende dessa exportação dos Estados Unidos, mas além dos prejuízos em receita, as consequências podem ser devastadoras para o setor cafeeiro brasileiro nas próximas safras com o desemprego. ”O setor de café gera milhões de empregos", destaca. 


Sem exportar café para os Estados Unidos, em curto prazo, o consumidor brasileiro poderá sentir um alívio no preço, que vem em tendência de altas desde as safras de 2020 e 2021, devido à problemas climáticos. O volume que deixará de ser exportado aos americanos, pode ser redistribuído no mercado nacional, aumentando consideravelmente a oferta e fazendo o preço cair. No entanto, em longo prazo, a decisão pode provocar o desemprego no campo - o setor emprega em torno de 8,4 milhões de pessoas no Brasil - e desmotivar os produtores a plantar mais café nas próximas safras.  "Pode reduzir o preço em um curto espaço de tempo, mas nos próximos meses, os produtores podem se sentir desmotivados em plantar café, já que o preço deve cair"


Café em outros países


O Brasil produz em torno de 40 milhões de toneladas de café por safra. Para suprir a falta de cafés brasileiros, os Estados Unidos devem recorrer a outros fornecedores. A Colômbia, que é o segundo maior fornecedor de café para os americanos, produz em torno de 12 a 13 milhões de toneladas, o que seria insuficiente para atender a demanda dos EUA. Outros fornecedores, como o Vientã e Indonésia, podem ajudar a suprir a demanda por café, porém, estes países produzem o café do tipo conilon (ou robusta) e os americanos consomem variedades arábicas. “Além disso, estes países também foram taxados por Donald Trump, renegociaram as tarifas, mas ainda assim, o café já está mais caro”, lembra Inácio.

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O representante do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Marcos Mattos, em entrevista ao AgroBand desta sexta-feira (11) afirmou que a entidade já informou ao Ministério da Agricultura possíveis países que poderiam comprar mais cafés do Brasil. China, Índia, Indonésia e Austrália poderiam aumentar as importações para mitigar os prejuízos do Brasil. 


Segundo ele, nos EUA, a Associação Nacional de Café dos EUA (NCA, na sigla em inglês) negocia com o governo Trump, desde abril, a isenção sobre as tarifas sobre o café. Em abril, a taxa aplicada ao Brasil foi de 10% e ainda praticada. Matos acredita que, nos próximos dias, o diálogo e a diplomacia, devem prevalecer. “Porque o mais onerado será o consumidor norte-americano”, afirma. 

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