O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), estendeu por mais 180 dias a vigência da situação de emergência zoosanitária para a prevenção contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). A decisão foi oficializada no Diário Oficial do Estado (DOE) na quinta-feira (25).
A prorrogação, que começou a valer no domingo (28), mantém o status de emergência zoosanitária estabelecido em agosto de 2023 pelo Decreto nº 10.297/2023 até janeiro de 2025. Esta ação está alinhada com as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), após a detecção do vírus da Influenza Aviária no Brasil.
“A Agrodefesa, como órgão responsável pela defesa agropecuária em Goiás, permanece vigilante para impedir a entrada da Influenza Aviária no Estado. Felizmente, não tivemos casos confirmados da doença em Goiás e essa prorrogação permitirá intensificar as ações de prevenção e monitoramento de aves silvestres, de subsistência e em granjas comerciais,” afirmou José Ricardo Caixeta, presidente da Agrodefesa.
De janeiro a junho, a Agrodefesa conduziu um inquérito soroepidemiológico em aves no Estado, parte do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Newcastle. Foram mobilizados mais de 50 fiscais agropecuários – médicos veterinários – em todas as regiões do Estado, realizando coletas em 142 propriedades comerciais avícolas e em aves de subsistência de 56 propriedades, totalizando 6.704 amostras analisadas.
Além do trabalho de campo, seis veterinários do Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa (Labvet) atuaram na triagem e envio das amostras para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), enquanto três profissionais deram suporte necessário ao plano, na Gerência de Sanidade Animal.
“Realizamos ações coordenadas com produtores rurais e entidades do setor para monitorar doenças de alto risco, como a Influenza Aviária e a doença de Newcastle. O inquérito do primeiro semestre mostrou que não há circulação desses vírus em Goiás, mantendo o status de zona livre dessas doenças,” destacou Rafael Vieira, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa.
Rafael reforçou a importância de notificar qualquer suspeita de doenças nervosas e respiratórias em aves à Agrodefesa para rápida investigação e contenção. “Com a notificação precoce, conseguimos atuar de forma eficaz para conter possíveis focos. A notificação pode ser feita nas Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa nos municípios ou pelo sistema e-Sisbravet”, explicou.
A Influenza Aviária foi detectada em oito estados brasileiros, mas Goiás segue sem registros. É uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial da Saúde Animal devido ao seu alto potencial de contágio. A detecção pode resultar na dizimação do plantel e na imposição de barreiras sanitárias para a comercialização de produtos avícolas, gerando prejuízos econômicos significativos aos produtores.
“Continuaremos aplicando as medidas do Plano de Vigilância, contando sempre com a colaboração dos produtores rurais para evitar a entrada dessas doenças no Estado. O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, atua em diferentes frentes, desde a análise e monitoramento até a educação sanitária, conscientizando sobre a importância de evitar focos de doenças,” concluiu José Ricardo Caixeta, presidente da Agrodefesa.