Um levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) revela que o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ voltou a ser negociado abaixo da paridade de exportação, cenário não registrado desde dezembro de 2024.
De modo geral, tanto o Indicador de algodão quanto a paridade de exportação acumulam desvalorizações no ano.
Pressão internacional e câmbio
A queda na paridade de exportação do algodão foi influenciada por diversos fatores:
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Câmbio: Quedas do dólar frente ao real.
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Cotações externas: Desvalorização do Índice Cotlook A e do primeiro contrato negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures).
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Geopolítica e oferta: Instabilidade geopolítica e maior oferta de pluma de algodão no mercado global pressionaram os preços no Brasil.
Pesquisadores do Cepea explicam que, recentemente, a desvalorização foi ligeiramente revertida. O fortalecimento do dólar frente ao real resultou em pequena recuperação da paridade de exportação.
Apesar da recuperação momentânea, o cenário de preços abaixo da paridade de exportação e a desvalorização acumulada mantêm pressão sobre o setor algodoeiro brasileiro.