Mesmo diante dos fortes aumentos nos custos de produção ao longo dos últimos anos, o setor pecuário nacional seguiu realizando investimentos no campo, o que resultou em crescimento na oferta de animais para abate em 2022 – confirmados por números de abate do IBGE.
As exportações seguiram intensas ao longo do ano, sobretudo à China, com os volumes mensais chegando a superar as 200 mil toneladas em agosto e em setembro, o que já garantiu recorde no envio anual.
A procura doméstica, contudo, ainda esteve bastante aquém do esperado pelo setor. Lembrando que, da carne produzida no Brasil, cerca de 75% é destinada ao mercado interno.
Diante disso, depois de renovarem de forma consecutiva os patamares recordes reais em 2019, 2020 e em 2021, os preços médios do boi gordo caíram em boa parte de 2022.
Considerando-se a série mensal deflacionada (pelo IGP-DI) do Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista), a maior média do ano, de R$ 347,32, foi registrada em janeiro. Já a menor média, de R$ 283,35, foi observada em novembro.