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São Paulo tem estimativa de manutenção da safra de trigo em 2025

O evento híbrido abordou desafios do setor, perspectivas para as safras 2024/2025 e 2025/2026, além do mercado internacional do grão
17 mar 2025 às 16:01
Por: Agro +
Divulgação

A primeira reunião do ano da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), foi realizada na quinta-feira (13), na Cooperativa Capão Bonito, em Capão Bonito (SP). O evento híbrido abordou desafios do setor, perspectivas para as safras 2024/2025 e 2025/2026, além do mercado internacional do grão.

 

A perspectiva para a safra de trigo 2025 em São Paulo é de manutenção da área cultivada, apesar de algumas cooperativas indicarem redução devido à migração para outras culturas, como sorgo e milho, em função dos custos de produção. No entanto, produtores seguem investindo no cereal, impulsionados pela demanda das indústrias moageiras do estado e pela rápida comercialização do grão.

 

“Existem várias opções de cultivo, mas o trigo segue atrativo, pois há uma demanda constante e pouco estoque disponível para os moinhos”, explicou o vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira.

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Ele pontuou que fatores climáticos ainda trazem incertezas, mas há otimismo quanto à produtividade da próxima safra. Se as condições forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, São Paulo pode recuperar níveis de produção vistos em anos anteriores.

 

“Se tivermos um clima neutro, a produtividade pode ser elevada, garantindo boa rentabilidade ao produtor. Mesmo com áreas sendo destinadas a outras culturas, o trigo segue competitivo dentro desse mix, oferecendo segurança econômica ao agricultor”, avaliou Oliveira.

 

De forma remota, o presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna reforçou a necessidade de expandir a produção estadual. “Existe mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e acreditar no crescimento do setor, que terá anos melhores e outros mais difíceis, mas a tendência é de avanço”, sintetizou.

 

Início e fim de guerra impactam o mercado internacional do trigo

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, ao apresentar um panorama mercadológico do setor, destacou que as movimentações globais impactam diretamente os preços no Brasil.

 

“Somos passageiros do trem argentino, que segue os trilhos das bolsas norte-americanas”, comparou. Sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos, ele lembrou que, em 2018, tarifas sobre o trigo americano reduziram drasticamente as exportações para o mercado chinês, e uma nova taxação pode beneficiar a Argentina.

 

“Se os EUA enfrentarem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, disse.

 

Bento também abordou os impactos da guerra na Ucrânia, apontando a possibilidade de normalização do fluxo de trigo pelo Mar Negro, o que pode pressionar os preços globais.

 

“No curto prazo, isso traria um alívio ao mercado. Mas, para essa safra, o impacto deve ser limitado”, avaliou. Ele destacou ainda a competitividade do trigo argentino frente ao produto americano e a necessidade de importação para suprir a demanda paulista.

 

Pauta do dia incluiu atualizações sobre o cenário paulista

A pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Raquel Nakazato Pinotti, representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela destacou a importância de uma proposta tributária realista para o trigo paulista. “Precisamos conhecer as especificidades do trigo para construir uma política tributária que não dependa de mandatos políticos. O apoio à produção deve ser prioridade, garantindo que o produtor tenha condições de avançar”, afirmou. Ela também reforçou a necessidade de maior apoio dos prefeitos à cadeia produtiva, promovendo ações em conjunto com a SAA.

 

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