A reunião entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky com clima tenso inédito na história da Casa Branca acabou sem nenhum acordo assinado, e aumentou a incerteza sobre um possível cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.
O encontro começou com Zelenksy mostrando a Trump fotos de prisioneiros de guerra, agredidos em prisões russas. Nesse momento, o ucraniano teria pedido que o presidente americano não fizesse concessões a um assassino - em alusão a Vladimir Putin.
A primeira troca de farpas veio logo em seguida entre Zelensky e o vice JD Vance. O pano de fundo: a invasão russa na ucrânia. Foi aí que Trump interveio e ampliou a discussão.
A guerra na Ucrânia se arrasta há três anos e deixou mais de 40 mil civis mortos. Hoje, 20% do território ucraniano é ocupado por tropas de Moscou.
Desde que voltou à presidência, Trump tem evitado dar garantias de que manterá a ajuda financeira e militar à Ucrânia. O suporte da Casa Branca é o que ajuda Kiev a resistir aos bombardeios russos.
O republicano ainda cobrou países europeus para que assumam mais responsabilidades na defesa do continente.
Mas a reunião desta sexta-feira (28) poderia selar a continuação do apoio americano. A expectativa era de que Trump e Zelensky assinassem um acordo no qual os Estados Unidos teriam permissão para explorar minerais raros na Ucrânia. Em troca, Washington manteria todo o suporte militar aos ucranianos. Mas, toda a negociação foi pelo ralo.
Zelensky saiu rapidamente da Casa Branca, sem falar com os jornalistas. A entrevista coletiva onde os presidentes sacramentariam o acordo foi cancelada.
Os dois líderes se manifestaram em redes sociais. Trump disse que Zelensky não está pronto para a paz. Já o presidente ucraniano agradeceu ao republicano, e afirmou que está trabalhando pela paz.