O conflito no Oriente Médio, entre Israel e Irã, já deixou mais de 230 mortos, a grande maioria são civis iranianos. Uma capital de 10 milhões de habitantes sob bombardeios intensos. Nesse cenário de desespero, estradas estão lotadas e postos de gasolina com falta de combustível.
Em 48 horas, estima-se que mais de 120 mil pessoas deixaram Teerã. Só que para muitos, fugir não é uma opção. Nos poucos mercados abertos, foram registradas filas para conseguir alimentos e água. As lojas do grande bazar, por onde costumam passar milhares de pessoas, não abrem há dias.
Os mísseis israelenses deixaram mais de 220 mortos no Irã. A maioria civis. Centenas de feridos são tratados nos hospitais. A imprensa local, controlada pelo regime, destaca o ataque contra a população.
Mas, em Israel, o medo também está presente e vem pelo ar. Mísseis iranianos atingiram casas, prédios e mataram inocentes. Em Tamra, centenas de pessoas acompanham o funeral de quatro mulheres, mortas durante os bombardeios.
Segundo Israel, apenas 24 pessoas foram mortas desde o começo do conflito. Em meio à troca de mísseis, governos ao redor do mundo realizam operações de repatriação de nacionais que estão tanto em Israel como no Irã.
Enquanto a população corre, a diplomacia tropeça. As tentativas de um cessar-fogo ou desescalada na tensão até agora não avançaram.
A Europa deixou sua posição clara: Israel tem o direito de se defender. O Irã não pode ter armas nucleares. Mas o caminho não é por meio de uma guerra. O Irã diz que enriquece urânio com fins pacíficos, para produzir energia, algo que não é ilegal.