Um homem de 36 anos foi preso na noite de quinta-feira (6) após agredir uma criança de quatro meses, em Belo Horizonte, ao pensar que se tratava de uma boneca hiper-realista.
Suspeito insistia aos pais da bebê que ela era uma ''reborn''. O homem e o casal, que não se conheciam, estavam em um trailer de lanches na praça Savassi, na avenida Getúlio Vargas, segundo informações repassadas pela mãe aos policiais militares que atenderam à ocorrência.
O homem se aproximou quando família estava saindo, começou a brincar com a menina e a perguntar se ela era ''de verdade''. Mas, mesmo após o pai confirmar que não era uma boneca hiper-realista, o agressor continuou insistindo que sim.
Bebê era carregado pela mãe, quando homem deu um tapa na cabeça da menina, causando um inchaço na região da orelha. Pessoas que presenciaram a cena derrubaram o agressor no chão e o detiveram até a chegada da polícia. O homem ficou com ferimentos leves, foi levado para uma UPA e, na sequência, encaminhado para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente.
Às autoridades, ele alegou que o casal usava um ''bebê reborn'' para furar a fila. Segundo ele, isso teria gerado sua revolta e decidiu agredir a criança ''de forma consciente''. O agressor relatou não fazer uso de medicamentos controlados, mas disse ter ingerido bebidas alcoólicas momentos antes. A polícia, no entanto, afirmou que havia ''sobriedade'' em suas falas e ações.
Homem foi preso em flagrante por lesão corporal. Ele foi ouvido na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher e teve a prisão ratificada. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e se encontra à disposição da Justiça. O caso segue sendo investigado.
A vítima foi atendida no Hospital João XXIII. O UOL entrou em contato com a unidade para saber sobre o estado de saúde da menina. Até o momento, não houve retorno, mas o texto será atualizado em caso de resposta.
A Justiça pediu detalhes sobre estado de saúde da criança ao hospital com 'máxima urgência'. A juíza da Central de Audiência de Custódia justifica que informação é importante para a audiência de custódia do suspeito, marcada para amanhã.
O suspeito está sendo representado pela defensoria pública. O UOL tentou contato, mas até o momento não obteve retorno. Assim que houver, o texto será atualizado.