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MPSP denuncia três PMs e outros três por envolvimento na morte de delator do PCC

Órgão aponta que morte de Vinícius Gritzbach se deu por motivo torpe, com recursos que dificultaram a defesa da vítima e com armas de uso restrito
17 mar 2025 às 19:22
Por: Band
Reprodução/Band

O Ministério Público de São Paulo apresentou nesta segunda-feira (17) uma denúncia contra três policiais militares e outras três pessoas por envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach, delator do PCC. Ele foi morto na saída do Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024


Foram denunciados os policiais militares Denis Antônio Martins, Ruan Silva Rodrigues e Fernando Genauro da Silva. Além dos integrantes do PCC Kauê do Amaral Coelho (Jub), Diego dos Santos Amaral (Didi) e Emílio Carlos Gongorra Castilho (Cigarreira). 


O MPSP aponta que os policiais militares Denis, Ruan e Fernando se aliaram ao PCC para cometer o crime contra Gritzbach e que Emílio, Diego e Kauê, relacionados ao PCC, promoveram o assassinato como algo típico do grupo criminoso. 

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Denis e Ruan seriam os responsáveis pela execução do delator, enquanto Fernando, que frequentava a casa da vítima, recebeu a missão de conduzir o veículo para propiciar a fuga dos atiradores após a execução. Kauê, que é primo de Diego, seria o olheiro para o assassinato ser feito. Já Emílio e Diego auxiliaram Kauê em monitorar Gritzbach até o assassinato. 

Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado, com qualificadoras por motivo torpe, emprego de arma de fogo e emboscada. O MPSP também pediu pagamento de reparação por dano moral coletivo e dano social em valor não inferior a R$ 1 milhão para cada denunciado, como também indenização para sobreviventes e para famílias enlutadas. 


Relembre o caso


O empresário Vinícius Gritzbach foi executado ao sair do Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024. A ação, com pelo menos 30 tiros, feriu outras duas pessoas e terminou também com a morte de um motorista, ferido pelos tiros efetuados pelos executores. 


Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.


Ele também seria parte do setor de lavagem de dinheiro do PCC, segundo investigações do Ministério Público de São Paulo. O MPSP afirmou Vinícius teria ajudado a colocar no mercado formal até R$ 2 bilhões de empresários ligados ao PCC


Os matadores de aluguel, de acordo com a investigação da força tarefa são policiais militares, sendo um soldado e um cabo. Ao volante está um tenente. Os três - Denis Antônio Martins, Ruan Silva Rodrigues e Fernando Genauro da Silva - estão presos. 


Outros três seguem foragidos. ‘Didi’, do PCC, recebeu a missão de eliminar Gritzbach e foi quem preparou todo o plano. O primo dele recebeu a missão de olheiro e indicou o momento do desembarque do alvo.

A ordem para o crime, ainda segundo a força tarefa, partiu de um traficante ligado ao PCC, conhecido como ‘Cigarreira’. Ele estava entre os criminosos que sequestraram Vinicius Gritzbach em janeiro de 2022 e formaram um tribunal do crime para executar o empresário apontado pela morte de Anselmo Cara Preta.


Gritzbach enganou o tribunal do crime prometendo devolver uma fortuna que se aproximava de meio bilhão de reais e desde então estava jurado de morte. A investigação do homicídio está encerrada, mas a delação de Vinícius Gritzbach ainda deve colocar muita gente na cadeia/ por corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, além de organização criminosa.

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