O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ameaçou nesta terça-feira, 11, retomar os combates na Faixa de Gaza, a menos que seus reféns em Gaza sejam libertados.
"Se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e as IDF retornarão a combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado", disse o premiê israelense.
A fala não especificou se a libertação pedida vale para todos os reféns sobre o poder o grupo terrorista, ou se só se estende aos já acordados e programados anteriormente.
O Hamas declarou via declaração que renova seu compromisso com a trégua em Gaza e que Israel que o está colocando sob risco.
O cessar-fogo foi questionado depois que o Hamas alegou que Israel violou as principais cláusulas, o que o levou a cancelar a libertação de mais três reféns no próximo sábado, dia 15. O grupo afirma que Israel tem atrasado a ida de palestinos ao norte da Faixa de Gaza, não tem permitido a entrada de determinados produtos de ajuda humanitária e abriu fogo contra civis. O governo de Israel nega.
Até agora, a primeira fase do acordo, que começou em 19 de janeiro e teria a duração de 42 dias, já liberou 16 reféns israelenses, cinco da Tailândia, em troca de 600 prisioneiros palestinos liberados. A primeira fase contemplaria 33 reféns israelenses.
Ainda há 76 reféns em Gaza, dos quais acredita-se que cerca de 35 estejam mortos, e seus restos mortais estejam sob poder do Hamas, avalia a mídia israelense.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encorajou o governo israelense a pedir a libertação dos reféns restantes, em vez dos três programados para serem libertados na próxima troca. Antes, Netanyahu estava ao lado de Trump quando ele sugeriu que os Estados Unidos deveriam assumir o controle da Faixa de Gaza, deslocando os palestinos de forma permanente. A ideia foi rechaçada até mesmo por aliados dos EUA.