O conclave, a votação entre cardeais da Igreja Católica para a eleição do novo papa, começa nesta quarta-feira (07). O padre Alfredo Rafael Belinato, diretor-geral e professor no Instituto Arquidiocesano de Teologia em Cascavel, explicou para a Tarobá como funciona o processo.
Ele relatou que, pela manhã, foi realizada a missa pela eleição do pontífice. Em seguida, os cardeais ingressaram na Capela Sistina ao som da Ladainha de Todos os Santos. Depois, invocou-se o Espírito Santo e os cardeais fizeram juramentos coletivos e individuais. Após esses ritos, o cardeal que preside o conclave fez uma fala, e então começaram as votações.
Cada sessão de votos é chamada de escrutínio. Hoje será realizado o primeiro. Caso o papa não seja eleito, uma fumaça preta será expelida pela chaminé do Vaticano. Amanhã (08), estão previstas quatro sessões de votos, mas apenas dois momentos com fumaça: um no período da manhã e outro no da tarde.
O padre Alfredo Rafael Belinato comentou que o século XX ainda não viu nenhum papa ser eleito no primeiro escrutínio. O conclave mais rápido da história foi em 1939, quando o papa Pio XII foi eleito no segundo escrutínio. Já o mais longo ocorreu em 1922, com a eleição do papa Pio XI, no décimo primeiro escrutínio. Assim, segundo o padre, dificilmente teremos uma decisão ainda hoje.
Este é o conclave mais diverso da história, com o maior número de cardeais já reunido e com 71 nações representadas.
Entre os brasileiros, há sete cardeais aptos a votar ou a serem votados para assumir o papado: Odilo Pedro Scherer (São Paulo), João Braz de Aviz (Distrito Federal), Orani João Tempesta (Rio de Janeiro), Sérgio da Rocha (Bahia), Leonardo Steiner (Amazonas), Paulo Cezar da Costa (Distrito Federal) e Jaime Spengler (Rio Grande do Sul).
Para que um dos cardeais seja eleito, ele precisa receber pelo menos 89 votos, de um total de 133.