Todos os locais
Todos os locais
Brasil e mundo
Brasil

STF forma maioria para manter prisão do ex-jogador Robinho; placar está em 6 a 1

Ele está detido para cumprir a pena de nove anos de detenção pelo crime de estupro, cometido na Itália
22 nov 2024 às 18:20
Por: Band
- Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (22) para manter o ex-jogador Robinho preso. Ele está detido para cumprir a pena de nove anos de detenção pelo crime de estupro, cometido na Itália


O julgamento do habeas corpus ocorre no plenário virtual da corte e foi retomado após a devolução do pedido de vista de Gilmar Mendes, feito em 23 de setembro. Até o momento, os pedidos de liberdade protocolados pela defesa de Robinho receberam seis votos contrários (Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes) e apenas um favorável (Gilmar Mendes).


O ex-jogador, que tem passagens pelo Santos e pela Seleção Brasileira, está preso desde março deste ano, no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele foi condenado a nove anos de prisão na Itália pelo envolvimento no estupro de uma mulher, ocorrido em uma boate de Milão, em 2013.


A condenação foi executada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça da Itália que condenou brasileiro em três instâncias por estupro coletivo cometido contra uma mulher de origem albanesa.


Como votou cada ministro

Outras notícias

Homem tenta sequestrar criança de 3 anos que passeava com a tia em São Paulo

Tarcísio lamenta morte de estudante de medicina por PM: ‘Abusos nunca vão ser tolerados’

PF indicia Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 pessoas por tentativa de golpe de Estado


A defesa do ex-jogador tentou derrubar a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que homologou sentença da Justiça italiana contra Robinho e determinou a prisão imediata dele. Por conta disso, os advogados entraram com pedido de habeas corpus na Suprema Corte.


O relator, ministro Luiz Fux, proferiu o voto afirmando que não houve irregularidades na decisão do STJ que determinou a prisão.


"O STJ, no exercício de sua competência constitucional, deu cumprimento à Constituição e às leis brasileiras, aos acordos firmados pelo Brasil em matéria de cooperação internacional e às normas que regem a matéria, com especial atenção ao fato de o paciente ter respondido ao processo devidamente assistido por advogado de sua confiança e ter sido condenado definitivamente à pena de 9 anos de reclusão por crime de estupro", escreveu Fux no voto.


Os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso seguiram o relator, mas não publicaram o voto. Cristiano Zanin escreveu que acompanha “a conclusão do eminente Relator, Ministro Luiz Fux, para denegar ordem” e julga “prejudicado o agravo regimental interposto”.


Em 21 páginas, a ministra Cármen Lúcia, que também votou contra o pedido de liberdade ao ex-jogador, argumentou que a “impunidade” pela prática desses crimes é “um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas”.


“Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura, que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à dignidade de todas”, afirmou Cármen Lúcia no voto.


“A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo, instalado contra todas as mulheres em todos os cantos do planeta, a despeito das normas jurídicas impositivas de respeito ao direito à vida digna de todas as pessoas humanas”, completou.


Para Alexandre de Moraes, a impossibilidade de conceder extradição de brasileiro, para que possa ser responsabilizado por infrações penais praticadas em país estrangeiro, “não significa impunidade, pois a legislação sempre previu hipóteses de extraterritorialidade da lei brasileira”. 


“Nessas circunstâncias, exigir o trânsito em julgado de processo de homologação de decisão estrangeira no qual descabe a análise do mérito do processo criminal que resultou na condenação do requerido, para iniciar a execução da pena definitiva aplicada pelo juízo natural criminal (Poder Judiciário da Itália), seria subverter a lógica e razão do princípio da inocência, com patente prejuízo ao princípio da tutela judicial efetiva”, escreveu Moraes no voto.


Gilmar Mendes divergiu do relator


Até o início da tarde desta sexta-feira (22), o ministro Gilmar Mendes foi o único a votar pela soltura do ex-jogador.


“Ante o exposto, defiro a liminar para o fim de suspender imediatamente o processo de homologação de sentença estrangeira em trâmite perante a Corte Especial do STJ, e a decisão homologatória nele prolatada, com a consequente soltura do paciente, se por outro motivo não estiver preso”, escreveu Gilmar Mendes na decisão.


Gilmar Mendes afirma que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de homologar a condenação da justiça estrangeira, com a consequente prisão imediata, impede a análise do recurso extraordinário ajuizado pelos advogados da defesa de Robinho.


“Partindo da premissa de que a decisão homologatória proferida pelo STJ desafia ainda recurso extraordinário a ser julgado por este Supremo Tribunal (art. 102, III, ‘a’, da CR), vê-se que, a prosperar o entendimento vertido pelo STJ (sufragado pelo eminente relator), o acusado seria imediatamente recolhido ainda quando tivesse pendente de exame recurso extraordinário interposto.”


Condenação


Segundo as investigações, o crime ocorreu dentro da boate chamada Sio Café, de Milão (IT), em janeiro de 2013. A sentença italiana havia determinado a prisão imediata do brasileiro, mas o ex-jogador já se encontrava no Brasil.


A condenação foi executada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça da Itália que condenou brasileiro em três instâncias por estupro coletivo cometido contra uma mulher de origem albanesa.

Veja também

Relacionadas

Brasil e mundo
Imagem de destaque

“Tenho que agradecer, porque estou vivo”, diz Lula sobre plano de assassinato

Brasil e mundo
Imagem de destaque

Investigação apura fraudes de R$ 40 milhões contra Banco do Brasil

Brasil e mundo

Estudante de medicina é morto por policial com tiro no peito em SP

Brasil e mundo

Como será acordo do Brasil com concorrente chinesa de Musk para a internet

Mais Lidas

Cidade
Cascavel e região

Últimas quatro pistolas desaparecidas são encontradas pelo Exército em Santo Antônio do Sudoeste

Cidade
Londrina e região

Celular de policial militar é encontrado em local onde ocorreu assalto misterioso

Cidade
Londrina e região

Onde está Rômulo? Sumiço de comerciante de Londrina completa duas semanas

Paraná
Paraná

Idosa de 72 anos é morta pelo marido de 77 anos em Guamiranga, nos Campos Gerais

Cidade
Cascavel e região

Mulher de 61 anos é espancada até a morte na Vila Pioneiro em Toledo

Podcasts

TURISMO

Podcast A Hora do Café - EP4 - Fernanda Corrêa da Rota do Café

A HORA DO CAFÉ

Podcast A Hora do Café - EP3 - Cris Malauz barista e empreendedora

VEJA

Podcast - Por Trás das Câmeras - EP6 - Conheça a história de Maika Martins

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.