A Casa Branca anunciou hoje que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se encontrar com o líder chinês, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30) em uma reunião bilateral.
Encontro acontecerá durante viagem de vários países à Ásia. A reunião está prevista para acontecer pela manhã (no horário local). A informação foi confirmada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em entrevista coletiva, mas não foram repassados detalhes.
Reunião é aguardada há semanas enquanto os dois países buscam a redução das tensões comerciais e novas tarifas. Na terça-feira (21), Trump disse que o encontro ocorrerá na Coreia do Sul e tem o objetivo de discutir as tarifas aplicadas ao país asiático. Em 10 de outubro, Trump anunciou a imposição de tarifas extras de 100% contra todos os produtos da China.
"Acho que teremos uma boa negociação", disse Trump na terça. O presidente afirmou que as tarifas aplicadas hoje à China são "um pouco maiores do que eles imaginavam" e mencionou as negociações com a União Europeia e com o Japão como casos bem-sucedidos.
Norte-americano também deve se encontrar com outros líderes. Entre eles, da Malásia, Japão e Coreia do Sul.
Guerra comercial
Trump anunciou novas sanções como retaliação ao novo controle que a China impôs às exportações de terras raras. Hoje, 70% do fornecimento de minerais das terras raras vêm da China. Nos EUA, esses materiais são essenciais para as indústrias de alta tecnologia, o que deve encarecer a produção americana.
Nos primeiros meses de seu segundo mandato, Trump escalou a guerra comercial contra a China. Pequim retrucou, ampliando também as barreiras aos bens americanos. O resultado foi praticamente uma paralisia do comércio bilateral, com taxas acima de 100%.
Mas, a partir de junho, as diplomacias de ambos os lados iniciaram negociações e um acordo inicial foi obtido. Washington e Pequim concordaram em seguir negociando e havia até mesmo uma expectativa de que Trump poderia se reunir com Xi Jinping.
Hoje, quase todos os produtos importados da China para os EUA já enfrentam tarifas elevadas. Elas variam de 50% para aço e alumínio a 7,5% para bens de consumo.