Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foi preso ao tentar renovar o documento para estrangeiros que residem na Bolívia, no centro comercial da cidade Santa Cruz de la Sierra.
“Começou os rumores de que ele havia sido morto na Bolívia, mas isso foi uma cortina de fumaça, uma estratégia da facção para que ele não fosse incomodado pelas autoridades brasileiras, uma vez que entre as atribuições do Tuta estava também liderar um plano de resgate de Marcola”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya.
Assim que foi preso e identificado como um criminoso altamente perigoso, o Tuta foi levado para uma unidade da polícia boliviana, onde funciona a força especial da luta contra o crime.
Apesar do nome, o local é bastante comum e inseguro. Em todo momento, entram e saem familiares de presos comuns na unidade. A segurança é baixa. Por uma fresta no portão, é possível enxergar o lado de dentro.
Por conta disso, a Polícia Federal brasileira tinha receio de que pudesse ter uma tentativa de resgate e houve uma insistência das autoridades, inclusive com intervenção do Ministério das Relações Exteriores. Em pouco mais de 24 horas, ele foi expulso da Bolívia e entregue à Polícia Federal na fronteira.
Tuta foi levado de Santa Cruz de La Sierra para Arroyo Concepción, na fronteira com o Brasil. Ele estava bem vestido e caminhava de cabeça erguida, conduzido pela polícia boliviana até ser entregue à Polícia Federal. Dentro da viatura ele tem as algemas trocadas.
Em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a prisão de Tuta foi oficializada e logo o criminoso foi levado em um avião da Polícia Federal. O destino: a penitenciária federal de Brasília, onde estão Marcola e os outros chefões do Primeiro Comando da Capital.