Diversos colchões, cobertores e roupas estão espalhados pelo chão em um posto de combustível desativado na Celso Garcia Cid com a Jorge Casoni. Há cerca de um mês os andarilhos foram retirados do local, o que não adiantou, pois todos retornaram. A sujeira e o mal cheiro tomam conta do ambiente. Um problema crônico que só aumenta e se espalha pela cidade.
Muitos estão nas ruas por não aceitarem as regras dos abrigos. Paulo Luiz de Matos, tem 61 anos, é de Presidente Prudente e está em Londrina há dois anos. Ele estava em um centro de acolhimento, mas perdeu a vaga por chegar fora do horário, agora tenta conseguir uma novamente. O homem revela ainda que muitos recebem auxílio Bolsa Família, e em época de pagamento acabam gastando o dinheiro. "Gasta com droga, bebida, faz festinha e não volta pro abrigo", revelou o homem.
As pessoas em situação de rua revelaram ainda que muitos não querem sair das ruas. O município tem feito o trabalho de assistência social, mas o acolhimento impõe regras que a maioria não quer cumprir. Nas ruas eles encontram liberdade e sempre tem entidades e a polução que acabam ajudando. "Londrina virou a capital do morador de rua", disse Jhonatan Silva, morador de rua.